Programação

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO DO ENCONTRO 

Abertura Oficial e Entrega do Prêmio ANPOCS de Excelência Acadêmica
Segunda-feira, 24/10 às 20h30, sala 4 – anfiteatro Glória


Prêmio Anpocs de Excelência Acadêmica

A diretoria da ANPOCS instituiu em 2013, uma nova premiação destinada a reconhecer colegas por suas contribuições acadêmicas, o impacto de sua destacada produção intelectual, e por seu trabalho institucional em prol das ciências sociais. Foram criados três prêmios, considerando-se as diferentes áreas de atuação:

- Prêmio Anpocs de Excelência Acadêmica Gilberto Velho em Antropologia.
- Prêmio Anpocs de Excelência Acadêmica Gildo Marçal Brandão em Ciência Política.
- Prêmio Anpocs de Excelência Acadêmica Antônio Flávio Pierucci em Sociologia.

Os nomes dos prêmios levam em consideração dois aspectos: a notável produção intelectual e a contribuição que fizeram ao desenvolvimento institucional da Anpocs.
Em sua última reunião na sede da Anpocs, em São Paulo, no dia 10 de maio, a Diretoria da Anpocs e o Comitê Acadêmico outorgaram os prêmios de 2016 aos colegas:

Prêmio Anpocs de Excelência Acadêmica Gilberto Velho em Antropologia
Lux Boelitz Vidal (USP)
apresentadora – Clarice Cohn

Prêmio Anpocs de Excelência Acadêmica Gildo Marçal Brandão em Ciência Política
Helgio Trindade (UFRGS)
apresentadora - Silvana Krause

Prêmio Anpocs de Excelência Acadêmica Antônio Flávio Pierucci em Sociologia
Luiz Antonio Machado da Silva (UERJ)
apresentador – Michel Misse

 


CF1 - Philippe Steiner (Université Paris-Sorbonne)

Dia 25/10, terça-feira, das 11h30 às 13h00. Sala 4, Anfiteatro Glória

Apresentador: José Ricardo Ramalho (UFRJ, Anpocs)

Philippe Steiner is professor of sociology at the university Paris-Sorbonne. His research are devoted to the economic sociology of markets (La transplantation d’organes: un commerce nouveau entre les êtres humains, Paris, Gallimard 2010), the relation between markets and morals (Calcul et morale. Coût du travail et valeur de l’émancipation, with C. Oudin-Bastide, Paris, Albin Michel, 2015; Marchés contestés, with M. Trespeuch, Toulouse, Presses universitaires du Mirail, 2015) and the history of social sciences (Durkheim and the Birth of Economic Sociology, Princeton university press, 2011). He has recently published Altruísmo, dons e trocas simbólicas, editora Cultura Acadêmica and La solidarité à distance. Quand le don passe par les organisaitons, with S. Naulin, Toulouse, Presses unversitaires du Mirail).

 

Título: Gift-giving in Modern Societies: the case of Organizational gift-giving

This presentation examines the characteristics of the organizational gift: a specific form of gift in which an organization or a series of organizations steps in between the donor and the donee. After a comparison with the Maussian gift, the communication examines three key characteristics of the organizational gift: the role played by the organization which prevents direct contact but connects people at distance; the circuits of commerce thank to which resource move from the donator to the donee and, finally, the difficulty to give back in the absence of a direct link between the donator and the donee. The conclusive part stresses the role played by organizational gifts in producing a solidarity at distance between human beings.

 



CF2 - PFernando Mayorga (Universidad Mayor de San Simón)
Dia 26/10, quarta-feira, das 11h30 às 13h00. Sala 4, Anfiteatro Glória

Apresentador: Claudio Gonçalves Couto (FGV/SP, Anpocs)

Fernando Mayorga es Sociólogo (UNAM) y Ph.D. en Ciencia Política (FLACSO/México). Investigador y profesor de la Universidad Mayor de San Simón (Bolivia). Coordinador del grupo de trabajo “Ciudadanía, representación política y organizaciones populares” de CLACSO (Argentina). Últimos libros: Incertidumbres tácticas. Ensayos sobre democracia, populismo y ciudadanía (2014) y Urnas y democracia directa. Análisis del Referendo Constitucional (2016).

Título: Estado Plurinacional y democracia intercultural en Bolivia

En 2009 entró en vigencia una nueva Constitución Política que define un modelo estatal inédito – Estado Plurinacional – que se caracteriza por el pluralismo jurídico, económico, lingüístico, cultural y político a partir del reconocimiento de derechos colectivos a los pueblos indígenas. En su faceta política, se expresa en el reconocimiento de la democracia comunitaria -formas de elección y selección de autoridades y representantes por medio de usos y costumbres indígenas- que se articula con la democracia representativa y la democracia directa y participativa. La combinación variable de reglas e instituciones de estas tres formas de democracia configuran la democracia intercultural. Ese modelo de Estado condensa el proyecto político del MAS, partido que domina la escena política desde hace una década con el liderazgo de Evo Morales, vencedor de tres elecciones consecutivas: 2005, 2009 y 2014.

 


CF3 - Mabel Grimberg (Universidad de Buenos Aires)
Dia 27/10, quinta-feira, das 11h00 às 12h30. Sala 4, Anfiteatro Glória

Apresentadora: Antonádia Borges (UnB)

Mabel Grimberg, doctora de la Universidad de Buenos Aires, con mención en Antropología Social, y Licenciada en Ciencias Antropológicas, es Profesora Titular Regular de la UBA - Programa de Incentivos e Investigadora Principal de CONICET; Directora de Proyectos de ambas instituciones; Directora del Instituto de Ciencias Antropológicas (UBA); Fundadora y Directora del Programa de Antropología y Salud del Instituto de Ciencias Antropológicas y del Programa Procesos de reconfiguración estatal, resistencia social y construcción de hegemonias (UBA); Ha realizado una estadía posdoctoral en la Universidad de Cambridge, Editora de “Cuadernos de Antropología Social” revista de la Sección de Antropología Social, ICA y de “RUNA Archivo para las Ciencias del Hombre” (UBA). Desarrolla dos líneas temáticas: Antropología del poder y la política; Estado, políticas sociales y sectores subalternos, procesos de politización de la vida cotidiana, demandas sociales, procesos de resistencia y movilización social; trabajo y salud. Políticas y Vih-Sida, vulnerabilidad social, género y sexualidades. Entre sus libros: Demanda, Negociación y Salud. Antropología social de las representaciones y prácticas de trabajadores gráficos 1984-1990. (UBA Ed., 1997); Experiencias y narrativas de padecimientos cotidianos. Miradas antropológicas sobre la salud, la enfermedad y el dolor crónico (Coedición Fac. de Filosofía y Letras UBA- Antropofagia).

Título: Resistencia, movilización y militancia. Tensiones y reconfiguraciones de la vida cotidiana de movimientos sociales del Area Metropolitana de Buenos Aires

En los últimos nueve meses la implementación simultánea de políticas neoliberales del gobierno de “Cambiemos” en áreas claves de la vida social ha resultado en una drástica transferencia de ingresos a los sectores concentrados constituyéndose en una vertiginosa experiencia de precarización de la vida y pérdida de derechos para los sectores populares, y al mismo tiempo, en formidables demostraciones de resistencia y movilización social. A partir de un estudio etnográfico en co-labor, esta presentación explora los desplazamientos y realineamientos de agrupamientos políticos y movimientos populares, las estrategias, recursos y modos de acción colectiva y las reconfiguraciones de la vida cotidiana en este contexto, incluyendo nuestra inserción como antropólogos en estos procesos.

 


CF4 - Alfredo Wagner de Almeida (UFAM)

Dia 25/10, terça-feira, das 18h00 às 19h30. Sala 4, Anfiteatro Glória

Apresentadora: Emilia Pietrafesa de Godoi (Unicamp, Anpocs)

Alfredo Wagner Berno de Almeida, doutor em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), é professor nos seguintes programas: Pós-Graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia e Pós-Graduação em Antropologia Social na Universidade Federal do Amazonas (UFAM); Pós - Graduação, Cidadania e Direitos Humanos em Segurança Pública na Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Pós-Graduação em Cartografia Social e Política da Amazônia na Universidade Estadual do Maranhão (UEMA). Coordena o Projeto “Mapeamento social como instrumento de gestão territorial contra o desmatamento e a devastação: processo de capacitação de povos e comunidades tradicionais” (BNDES/UEA). Coordena também o projeto “Centro de Ciências de Saberes: experiências de criação de Museus vivos na afirmação dos saberes e fazeres representativos dos povos e comunidades tradicionais” (MCTI/CNPQ/SECIS), realizado pela UEA em parceria com o Museu de Astronomia/MCTI. Trabalha principalmente com os seguintes temas: povos tradicionais,etnicidade, conflitos, movimentos sociais, processos de territorialização e cartografia social, Amazônia.

Título: Medo de compreender? Ampliação da ação conservadora em domínios que os pensadores críticos imaginavam ter exclusividade

Estamos diante de uma “situação política excepcional” em que a iniciativa pertence a forças conservadoras que impelem a ação governamental e as iniciativas políticas para extremos, desestruturando instituições, programas e projetos. Uma interpretação primeira remete a dispositivos que contemplam interesses de determinados setores das federações da indústria, de empreendimentos dos agronegócios, que são anunciados como as novas plantations, e de empresas mineradoras. Tais empreendimentos, que são responsáveis pela produção de commodities, acham-se empenhados em reativar instrumentos do sistema repressor da força de trabalho, que foi um elemento estruturante da sociedade colonial, suprimindo direitos trabalhistas e reduzindo as hipóteses do que é legalmente definido como trabalho escravo. A redefinição da jornada de trabalho e das condições de trabalho degradantes recolocam questões polêmicas, afinal para Barrington Moore e O. Velho a “escravidão de plantation” consiste num obstáculo à democracia. Os efeitos deste quadro de instabilidade mostram-se imprevisíveis e tanto dificultam as análises, quanto impulsionam para projeções de “graves antagonismos e tensões sociais”, produzindo simultaneamente o que Luc Boltanski e A. Esquerre denominam de “um grande medo de compreender”.

 

CF5 - Gabriel Cohn (USP, Unifesp)
Dia 26/10, quarta-feira, das 18h00 às 19h30. Sala 4, Anfiteatro Glória

Apresentador: Adrian Gurza Lavalle (USP, Anpocs)

Gabriel Cohn é professor emérito na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP (Ciência Política). Na área institucional, foi presidente da Sociedade Brasileira de Sociologia na sua recriação em 1985 e presidente da Anpocs no período 2005-2007. Tem em fase de publicação os dois primeiros volumes (Weber, Frankfurt – teoria e pensamento social I e II) de uma trilogia com escritos publicados ao longo da carreira e inéditos, da qual o terceiro volume (Ideias brasileiras) reunirá textos sobre temas brasileiros.

Título: Vias Sinuosas Grandes questões, pequenas respostas.

Este poderia ser o lema das reflexões soltas que serão trazidas para apresentar um grande tema: aquele das vias indiretas de acesso ao tecido fino da sociedade. A justificativa para isso consiste em que é na urdidura mínima e não nos grandes cordames da amarração social que se escondem os segredos da organização e do modo de funcionamento do capitalismo na sua fase contemporânea. Cercar o objeto por mil maneiras, indo ao que tem de mais fino sem perder de vista as grandes questões clássicas das ciências sociais, eis o desafio. Referências nesse trajeto serão alguns mestres das vias sinuosas, Simmel, Adorno, Kracauer e, pelo lado mais político, Gramsci.

 

 


Conversa com o(a) autor(a)

CA1 - Esther Jean Langdom (UFSC)
Dia 25/10, terça-feira, das 20h30 às 21h30, Sala 7, Hotel Glória 
Apresentador: John Dawsey (USP)

 

CA2 - Celi Regina Jardim Pinto (UFRGS)
Dia 26/10, quarta-feira, das 20h00 às 21h00, sala 4, Anfiteatro Glória 
Apresentadora: Flávia Biroli (UnB)

 

CA3 - Glaucia Villas Boas (UFRJ)
Dia 27/10, quinta-feira, das 18h00 às 19h00, sala 8, Hotel Glória 
Apresentadora: Ligia Maria Dabul (UFF)

 


Colóquio Especial Comemorativo (CEC)


A ANPOCS e as Ciências Socais nos últimos 40 anos}

Coordenação: André Pereira Botelho (UFRJ) e Emília Pietrafesa de Godoi (Unicamp)

Ementa: Discutir o perfil institucional e cognitivo das ciências sociais praticadas no Brasil constitui uma forma produtiva de comemorarmos os 40 anos da Anpocs. É o que propomos com este colóquio organizado em duas sessões: a primeira voltada à discussão da dimensão institucional das ciências sociais no Brasil, envolvendo temas como o crescimento da pós-graduação na área, as políticas públicas de ciência e tecnologia e a internacionalização das ciências sociais brasileiras. A segunda sessão centrada em questões cruciais da agenda cognitiva das ciências sociais nos últimos 40 anos e suas relações com a sociedade brasileira: Estado, sociedade e movimentos sociais; desenvolvimento e democracia; desigualdade social e diversidades; direitos e cidadania; cultura e sociabilidades.

1ª sessão: Desafios institucionais e consolidação das ciências sociais no Brasil
Dia 26/10, quarta-feira, das 19h30 às 21h00, sala 7 – Hotel Glória

Coordenadora de sessão: Emília Pietrafesa de Godoi (Unicamp)
Expositores: Hélgio Trindade (UFRGS), Guita Grin Debert (Unicamp), Helena Sampaio (Unicamp), João Marcelo Elhert Maia (CPDOC/FGV-RJ), Alexandro Dantas Trindade (UFPR)

2ª Sessão: Sociedade Brasileira, Ciências sociais e reflexividade
Dia 27/10, quinta-feira, das 18h00 às 19h30, sala 7 – Hotel Glória

Coordenador de sessão: André Pereira Botelho (UFRJ)
Expositores: Elide Rugai Bastos (Unicamp), José Sergio Leite Lopes (MN/UFRJ), Antonio da Silveira Brasil Jr. (UFRJ)/Bernardo Ricupero (USP), André Pereira Botelho (UFRJ)

 


Sessão Especial (SE)

SE1 - Homenagem a Evaristo de Moraes Filho
Dia 25/10, quarta-feira, das 10h30 às 11h30, sala 6 - Hotel Glória

Expositores: Antonio da Silveira Brasil Junior (UFRJ), Elina Pessanha (UFRJ), Gabriel Cohn (Unifesp), Glaucia Villas Boas (UFRJ), Amelia Cohn (CEDEC)

 

SE2 - 50 anos da Revista Dados: trajetórias das ciências sociais e da editoração científica no Brasil
Dia 27/10, quinta-feira, das 8h30 às 10h00, sala 8 - Hotel Glória

Dados – Revista de Ciências Sociais é uma das principais e mais longevas revistas de Ciências Sociais no Brasil. Publicada desde 1966, cumpre este ano seu quinquagésimo aniversário. Ao longo de sua trajetória passou por diferentes momentos e publicou artigos de vários dos principais intelectuais do Brasil e do exterior, incluindo textos pioneiros da Antropologia, da Ciência Política e da Sociologia nacional. Cinco décadas depois de sua fundação, o objetivo principal desta atividade é conectar a evolução e a trajetória da DADOS com as transformações das ciências sociais e das revistas científicas no Brasil ao longo destes cinquenta anos. Espera-se com isso avaliar o caráter da transformação das ciências sociais, resgatar práticas e estratégias editoriais, e delinear tendências que contribuam para o enfrentamento de alguns dos desafios das ciências sociais e das revistas cientificas no país.

Coordenação: Breno Bringel (Iesp-Uerj) e Adrian Gurza Lavalle (USP)
Expositores: Charles Pessanha (UFRJ), Maria Hermínia Tavares de Almeida (USP) e José Ricardo Ramalho (Anpocs, UFRJ)
Debatedor: Breno Bringel (Iesp-Uerj)

 

SE3 - Homenagem a Brasilmar Ferreira Nunes
Dia 25/10, terça-feira, a partir das 19h30, sala 4 - Anfiteatro Glória

Breve discurso sobre o sociólogo a ser apresentado por Carlos Benedito Martins (UnB) na 1ª sessão da Assembleia Geral Ordinária da ANPOCS.

 


Mesas Redondas (MR)

MR1-  50 Anos de A Construção Social da Realidade: balanço e perspectivas

Dia 25/10, terça-feira, das 8h30 às 10h00, sala 4 – Anfiteatro Glória

A Mesa Redonda tem por objetivo fazer um balanço dos 50 anos de publicação de A Construção Social da Realidade a partir de abordagens diversas. Ao mesmo tempo procura assinalar as perspectivas teóricas e empíricas que foram abertas por esta obra no processo de construção do conhecimento sociológico contemporâneo. A publicação da obra, de Peter Berger e Thomas Luckmann, em 1966, contribuiu para difundir a compreensão de que a sociedade é, em boa medida, o que os indivíduos em seu tempo fazem dela. Escrita em inglês, trata-se de uma obra fortemente influenciada pela sociologia do austríaco Alfred Schütz (1899-1959). A Mesa Redonda será composta por quatro pesquisadores de quatro instituições e unidades federativas distintas, cuja produção vem sendo reconhecida em suas distintas áreas de atuação, todos eles pesquisadores do CNPq.

Coordenação: Hermílio Santos (PUCRS)
Expositores: Carlos Benedito Martins (UnB), Renan Springer de Freitas (UFMG), José Luiz Ratton (UFPE), Hermílio Santos (PUCRS)

 

 

 

MR2 - A "nova direita" mostra a sua cara: origens, sujeitos e características.

Dia 27/10, quinta-feira, das 8h30 às 10h00, sala 4 – Anfiteatro Glória

O objetivo desta mesa é analisar o discurso da "nova direita” no Brasil, cuja emergência remonta aos protestos de junho de 2013 e, mais recentemente, ao acirramento político ocorrido na campanha de 2014. Entendemos que paulatinamente formou-se um discurso não somente oposicionista ao governo Dilma Rousseff, mas claramente de direita. Uma característica fundamental da “nova direita” é a sua composição heterogênea, visto que ela se articula desde movimentos sociais, como o MBL, passando pelos grandes meios de comunicação, associações empresariais, além de ser discursivamente sustentada por intelectuais com franco acesso midiático. Um dos propósitos centrais desta mesa é explorar essa diversidade, buscando fugir de respostas rápidas e de estereótipos construídos no calor do embate político hoje vigente no Brasil. Para além de enfocar a "nova direita”, a partir da sua firme condição oposicionista e de articuladora do pedido de impeachment do governo Dilma, nosso intento é fazer uma radiografia de suas origens, de suas posições políticas, econômicas, sociais, culturais, ideológicas, altamente complexas, tendo em vista a diversidade dos grupos e dos interesses envolvidos.

Coordenação: Daniel de Mendonça (UFPel)
Expositores: Cicero Araujo (USP), Christian Lynch (IESP-UERJ), Jorge Gomes de Souza Chaloub (IBMEC-Rio)

 

 

 

 MR3 -  A implementação de políticas – o lugar das interações burocratas-público-alvo na (re)produção de desigualdades sociais.

Dia 25/10, terça-feira, das 8h30 às 10h00, sala 6 – Hotel Glória

A mesa tem como objetivo aprofundar a reflexão sobre os efeitos da implementação de políticas públicas sobre as desigualdades – os “efeitos sociais da implementação”. A literatura sobre políticas avançou em analisar a implementação, considerando suas estruturas, instrumentos e estratégias, atores e suas redes sociais nas decisões efetivamente executadas. Estudos sociológicos sobre a desigualdade também produziram achados importantes para a compreensão das dinâmicas relacionadas à pobreza e aos processos de exclusão social. No entanto, nota-se avanço bem menor quando observamos a interface dos dois temas, ou seja, a compreensão de como as relações entre “burocratas” e usuários/beneficiários de políticas produz consequências para trajetórias de inclusão e exclusão social dos segmentos mais pobres. Além disso, uma possível retração das políticas sociais, em função da crise, torna ainda mais importante o exame dessas relações. Nesse contexto, a mesa articulará diferentes perspectivas analíticas e metodológicas, contribuindo para uma melhor compreensão das relações cotidianas constitutivas dos processos de implementação e seus potenciais efeitos sobre a (re)produção de desigualdades.

Coordenação: Eduardo Cesar Leão Marques (USP)
Expositores: Gabriela Spanghero Lotta (UFABC), Roberto Rocha Coelho Pires (IPEA), Roberto Dutra Torres Junior (IPEA)

 

 

 

MR4 - Campos de produção e difusão de conhecimento e informação sobre a América Latina no Brasil.

Dia 25/10, terça-feira, das 8h30 às 10h00, sala 7 – Hotel Glória

O objetivo é discutir a formação, a organização e o funcionamento de "campos de produção e difusão de conhecimento sobre a América Latina no Brasil", resultante de iniciativas institucionais nas últimas quatro décadas, públicas e privadas, com foco sobre a região. Visa-se explorar dimensões sócio-político-culturais e científicas de processos de regionalização e integração regional. Ao enfocarem a América Latina para compreender, monitorar e influenciar os processos em curso no continente, as instituições e respectivos atores nestes campos também contribuem para tais processos, eles próprios, por meio de suas estruturas, dinâmicas e trajetórias. Conceitos políticos e sociais, como América Latina, não são elementos neutros da linguagem. Seus significados abundantes e frequentemente contraditórios são apropriados por diferentes projetos políticos e geopolíticos. O debate priorizará especialmente as representações, narrativas e agendas relacionadas ao "desenvolvimento" e à "democracia" na América Latina, temas que tradicionalmente mobilizam arenas acadêmicas, políticas e societais nos países latino-americanos, sobretudo em períodos de grandes crises.

Coordenação: João Feres Júnior - (UERJ)
Expositores: Ramón Miguel Torres Galarza (MREMH), Joanildo Albuquerque Burity (Fundaj), Flávia Lessa de Barros (UnB)

 

 

 MR5 - Cenários da violência: representações crueldade e medo.

Dia 25/10, terça-feira, das 8h30 às 10h00, sala 8 – Hotel Glória

Dentre as representações sociais da violência, merece atenção as produzidas pelos meios de comunicação de massa, que atuam como poderosos instrumentos da "construção social da realidade". Ou seja, muito do que se conhece habitualmente sobre a violência é oferecidos pelas mídias, pelas representações que ela difunde e, não raro, contribuem para a formulação de uma espécie de "cultura do medo". Ao contrário dos meios de comunicação de massa, as expressões estéticas de forma geral não se limitam a representar a violência, mas a ritualizam de tal modo a figurá-la, i.e., intensificam a experiência da realidade social, dramatizando-a. De uma forma ou de outra, as representações sociais da violência informam práticas sociais e orientam as condutas individuais cotidianamente, pois carregam valores e normas socialmente constituídos e, em alguma medida, legitimados, a constituir, assim, uma forma de saber prático. A Mesa Redonda aqui proposta tem como objetivo colocar em diálogo pesquisas que discutam a relação entre violência, representação/figuração e consequências práticas dessas representações, tais como o medo exacerbado ou a criação de novas leis e/ou políticas públicas de segurança.

Coordenação: César Barreira (UFC)
Expositores: César Barreira (UFC), Tatiana Savoia Landini (UNIFESP), Enio Passiani (UFRGS)

 

 

 

MR6 - Coligações eleitorais no Brasil: balanço sobre a atual agenda de pesquisa.

Dia 25/10, terça-feira, das 8h30 às 10h00, sala 9 – Hotel Glória

O objetivo da mesa proposta está em promover uma discussão sobre o atual estágio da produção acadêmica que investiga as razões e efeitos das coligações eleitorais no Brasil. São raros os momentos em que são criados fóruns públicos para uma ampla discussão e divulgação sobre o tema, a despeito da relevância do mesmo para a compreensão sobre os impasses da governabilidade produzidos pelo elevado número de partidos no país. Para permitir um espaço de interlocução sobre o tema serão tratados: apresentação e reflexão crítica sobre as principais abordagens metodológicas nos trabalhos produzidos sobre o cenário das coligações entre 1990 e 2014; finalizando com uma discussão referente aos efeitos das coligações sobre o sistema político brasileiro, refletindo sobre os principais achados e possíveis desdobramentos de pesquisa.

Coordenação: Silvana Krause (UFRGS)
Expositores: Carlos Augusto M. Machado (UnB), Geralda Luiza de Miranda (UFMG), Humberto Dantas de Mizuca (Insper)

 

 

MR7 - Configurações do campo da Antropologia Linguística no Brasil.

Dia 25/10, terça-feira, das 8h30 às 10h00, sala 10 – Hotel Lopes

A mesa redonda tem o intuito de refletir acerca da conformação da área da Antropologia Linguística no Brasil, a partir da articulação das diferentes linhas de pesquisa e áreas que envolvem a Antropologia. Nesse sentido, tem o interesse de promover discussões a partir do entendimento acerca do que as pesquisas têm articulado e delineado neste campo, no que se refere a construção teórica e metodológica, destacando a potencialidade da relação entre língua e sociedade nas Ciências Sociais. A discussão engloba pesquisas em que a língua passa a ser a fonte de dados e análise etnográfica, a partir dos discursos, performances, gestos, conversas, textos. Torna-se emergente verificar as contribuições acerca de fenômenos sociais, levando em consideração a indexicalidade nas narrativas dos sujeitos, em contextos diversificados, tais como, a esfera política, o âmbito da saúde, a área da educação, as relações econômicas, as práticas rituais, dentre outros importantes campos de comunicação. A interação inerente às fronteiras entre a Antropologia e a Linguística abarca significativos debates em torno do reconhecimento, descrição e configuração cultural que permeia as diferentes esferas sociais.

Coordenadora: Esther Jean Langdon, (UFSC)
Debatedor: Leland McCleary (USP)
Expositores: Danilo Paiva Ramos (USP), Ana Luisa Borba Gediel (UFV), Éverton Luís Pereira (UnB)

 

 

MR8 -  Deficiências, direitos humanos e experiências etnográficas.

Dia 25/10, terça-feira, das 8h30 às 10h00, sala 1 – Hotel Glória

Esta Mesa Redonda dá continuidade ao trabalho do ano anterior, iniciado na 39ª reunião da ANPOCS, e visa ampliar a reflexão sobre o conceito de deficiência orientado por diferentes perspectivas. Partindo do pressuposto que deficiência é tanto uma categoria analítica, em diálogo com um conjunto global de preocupações teóricas e epistemológicas das ciências sociais e que pode contribuir para diferentes discussões já consolidadas nos campos do conhecimento que a compreendem, como uma categoria política, organizada por sujeitos que visam políticas públicas. Portanto, serve também para problematizar a própria dicotomia entre os aspectos de análise e politização das categorias na formação do conhecimento que produzimos. A presente mesa também, em seu segundo ano, deseja auxiliar na consolidação dos “estudos da deficiência”, nas Ciências Sociais no Brasil. A disputa acerca da deficiência, acerca de seu conceito, de sua dimensão, da constituição de seus sujeitos, de seus direitos, sempre foi motivo de grande debate. Desde modelos religiosos, passando a modelos médicos a modelos sociais, a deficiência, seja ela manifesta física, mental, intelectual ou sensorialmente, produziu narrativas e abarcou inúmeras instâncias discursivas. Desde a concepção corpos monstruosos, menos humanos, até a concepção de que a deficiência é uma das múltiplas possibilidades da diversidade humana um longo caminho, político e teórico foi desenvolvido, por pensadores, movimentos sociais e políticas públicas.

Coordenação: Adriana Dias (Unicamp)
Expositores: Patrice Schuch (UFRGS), Valeria Aydos (UFRGS), Ernesto Esteves Neto (USP)

 

 

 

MR9 - Direitos humanos, moralidades e teoria social.

Dia 25/10, terça-feira, das 8h30 às 10h00, sala 12 – Hotel Lopes

Nossa proposta parte do deslocamento do olhar normativo para os direitos humanos, ou seja, de um olhar sobre os fenômenos sociais em que os direitos humanos aparecem como elemento subjacente à análise, na condição de pressuposto normativo (ético-jurídico), para um olhar que enxergue os direitos humanos como objeto de investigação, em si, isto é, como quadro de valores utilizados pelos atores e como conjunto de práticas sustentadas por esse quadro, fazendo um primeiro exercício intelectual no sentido de reconhecer os direitos humanos como um "algo que existe" na sociedade para além das normas do direito, e como um algo a que se faz referência, como quadro abstrato, em vários sistemas sociais: política, mídia, movimentos sociais, e em menor escala, a economia e a ciência. Para tanto, propomos o encontro de pesquisadores brasileiros particularmente dedicados a construir uma sociologia da moral cujo objeto de base sejam os direitos humanos como elemento central das efetivações e das disputas. O debate parte ao mesmo tempo na vanguarda da presença dos direitos humanos como objeto nos trabalhos desses pensadores e dos diálogos que eles já estabelecem com outras redes de pesquisa.

Coordenação: Alexandre Werneck (UFRJ)
Expositores: Mariana Possas (UFBA), Jussara Freire (UFF), Vitor Blotta (USP)

 

 

 

MR10 - Estudos sobre família e trabalho em contextos desiguais: desafios metodológicos.

Dia 25/10, terça-feira, das 8h30 às 10h00, sala 11 – Hotel Lopes

A expansão do ingresso das mulheres no trabalho, o maior acesso à escolaridade, queda na fecundidade, crescente processo de individuação nas relações sociais, formas diferenciadas de conjugalidade, parentalidade e arranjos familiares e as políticas de suporte às famílias, são aspectos decisivos para a redefinição de formas de construção de diversos lugares para as mulheres e homens na sociedade e na família. As análises que estão sendo produzidas pelos estudos nas ciências sociais se localizam mais fortemente nos eixos teóricos (divisão sexual do trabalho doméstico, interseccionalidade, consubstancialidade, teorias pós-estruturalistas de gênero) e empíricos (mensuração e análise da inserção das mulheres no mercado de trabalho, articulação trabalho e família, conjugalidades, lutas por reconhecimento). Nesse cenário, no entanto, o enfrentamento das questões metodológicas tem ficado mais à margem: como os fenômenos sociais em transformação estão sendo apreendidos e as categorias analíticas estão sendo operacionalizadas? A mesa tem como objetivo trazer a discussão sobre categorias analíticas e sua operacionalização metodológica na prática da pesquisa disciplinar e multidisciplinar.

Coordenação: Felícia Silva Picanço (UFRJ)
Debatedora: Jurema Gorski Brites (UFSM)
Expositoras: Delma Pessanha Neves (UFF), Claudia Lee Fonseca (UFRGS), Clara Maria de Oliveira Araújo (UERJ)

 

 

 MR11 - Fronteiras e mobilidades transnacionais.

Dia 25/10, terça-feira, das 8h30 às 10h00, sala 13 – Hotel União

A proposta visa consolidar um espaço de interlocução entre pesquisadores que se dedicam ao estudo sobre fronteiras em suas múltiplas possibilidades analíticas. A Mesa Redonda propõe-se a refletir sobre as novas configurações produzidas pelas tensões decorrentes de fluxos migratórios em zonas fronteiriças, as conflitualidades vivenciadas e outros lugares de fronteiras, tanto do ponto de vista dos deslocamentos e das formas de vigilância do circuito de pessoas e mercadorias nos diversos postos de controle, quanto da ótica das desigualdades e assimetrias econômicas, políticas, sociais e simbólicas. Os fluxos migratórios e os circuitos transnacionais das mercadorias consistem em fenômenos sociais intensos da sociedade contemporânea e estão relacionados à circulação financeira, de bens, de informações, de símbolos e marcas da economia capitalista pautada em profundas relações de consumo e ilegalismos. Esses fluxos têm produzido dinâmicas de reconfiguração das fronteiras entre e intra estados nacionais, gerando novas realidades no campo das políticas de integração e cooperação transfronteiriça, segurança nacional e pública, desenvolvimento local, interculturalidade e cidadania.

Coordenação: Marcelo Alario Ennes (UFS)
Expositores: Eric Cardin (PSCF/UNIOESTE), José Lindomar C. Albuquerque (UNIFESP), Luiz Fábio Paiva (UFC)

 

 

MR12 - Gênero na cosmopolítica ameríndia: casos etnográficos em debate.

Dia 25/10, terça-feira, das 8h30 às 10h00, sala 14 – Hotel União

A mesa redonda pretende debater a pertinência do dualismo de gênero para o entendimento dos vínculos políticos e rituais entre povos indígenas amazônicos contemporâneos. Se a relação entre xamanismo e política já está mais ou menos consolidada como condição para a legibilidade do social entre os povos indígenas — o que vem sendo tratado pela etnologia ameríndia como “cosmopolítica”, isto é, múltiplas relações com a alteridade humana e não-humana, outros povos, “brancos”, animais, espíritos —, a proposta é articular conceitualmente estes campos relacionais a partir de uma perspectiva que inclua a diferença de gênero como referente ao seu entendimento. A partir das etnografias de cada uma das pesquisadoras, espera-se articular as agências masculinas e femininas em eventos contemporâneos de povos indígenas ameríndios, a fim de ser pensar as possíveis conexões entre as ideias de ‘politica’, ‘ritual’ e ‘gênero’. Ao mesmo tempo, visa-se uma reflexão a respeito da sobreposição a realidades outras de nossas categorias analíticas como publico/ doméstico, ritual/ cotidiano, cultura/natureza, masculino/feminino.

Coordenação: Beatriz de Almeida Matos (UFPA)
Expositores: Oiara Bonilla (UFF), Fabiana Maizza (USP), Nicole Soares Pinto (MN/UFRJ), Julia Otero dos Santos (MPEG)

 

 

MR13 - História da sexualidade de Michel Foucault, 40 anos depois: poder, sexualidade e gênero nas Ciências Sociais.

Dia 25/10, terça-feira, das 8h30 às 10h00, sala 15 – Hotel União

A obra de Michel Foucault (1926-1984) "História da Sexualidade I: a vontade de saber" (1976) tornou-se referência incontornável para compreender como o sexo é regulado pela instituições, assim como a sexualidade é tanto um fato discursivo, quanto resultado de relações de poder. A mesa proposta pretende justamente explorar os efeitos do livro no campo das Ciências Sociais. A partir de diferentes perspectivas, os participantes convidados problematizam o legado do livro nas investigações sociais contemporâneas, tanto explorando noções como as de dispositivo e biopoder, essenciais nas investigações de Foucault, quanto as aberturas para pesquisas empíricas que o livro propiciou, como acerca da já citada regulação do sexo pelas instituições, acerca da centralidade da noção de gênero, bem como em domínios como os do feminismo e dos estudos queer. A mesa proposta busca ser crítica, já que a recepção dos trabalhos do autor nunca foi pacífica e isenta de polêmicas. A riqueza das hipóteses que levanta ao longo de suas investigações é, no entanto, inegável e pode ser explorada igualmente nos debates das Ciências Sociais.

Coordenador: Marcos César Alvarez (USP)
Debatedor: Luiz Claudio Lourenço (UFBA)
Expositores: Lucila Scavone (UNESP), Richard Miskolci (UFSCAR), Flávia Cristina Silveira Lemos (UFPA)

 

 

MR14 - Mariana, crônica de um desastre: mineração, sofrimento social e resistência.}

Dia 25/10, terça-feira, das 8h30 às 10h00, sala 16 – Hotel União

A expansão do setor extrativo mineral no Brasil faz parte do processo de reprimarização da economia na America Latina e tem sido amplamente estudado por suas consequências socioambientais. O rompimento da barragem de rejeitos de minério em Mariana-MG é o maior desastre do gênero já ocorrido e constitui caso paradigmático. Além da destruição do ecossistema da bacia do Rio Doce até a foz no litoral capixaba, contam entre as vítimas trabalhadores, agricultores familiares, pescadores artesanais, comunidades tradicionais, povos indígenas e quilombolas, consumidores da água contaminada, dentre outros. A mesa reúne antropólogos, cientistas políticos e sociólogos com reconhecido expertise sobre o tema das consequências da mineração e análises específicas sobre o caso em tela. A mesa abordará os fatores que contribuíram para a ocorrência do desastre, incluindo os arranjos institucionais em torno do licenciamento e do monitoramento ambiental, as suas consequências, os arranjos institucionais que se apresentaram para soluciona-las, assim como o modus operandi empresarial no contexto. Ênfase será dada aos desafios teóricos, políticos e epistemológicos que o caso suscita.

Coordenação: Andréa Zhouri (UFMG)
Debatedora: Edna Castro (NAEA-UFPA)
Expositores: Henri Acselrad (IPPUR-UFRJ) Cristiana Losekann (Organon/UFES), Rodrigo Santos (PoEMAS-UFRJ), Andréa Zhouri (GESTA-UFMG)

 

 

MR15 -  O ardil da dominação financeira no Brasil: doxa social e produção de notícias sobre a economia.

Dia 25/10, terça-feira, das 8h30 às 10h00, sala 17 – Hotel Caxambu

O objetivo da Mesa é tentar compreender como se produz a dominação financeira na sociedade brasileira contemporânea. As apresentações se baseiam em pesquisas empíricas realizadas em diferentes contextos e compartilham da mesma indagação: como se produz a dominação financeira no Brasil?. A primeira exposição buscará demonstrar que essa dominação cultural e econômica se impõe a partir de sua fundamentação dóxica, antes que teórica. Ela tem por base um estudo emblemático do "perigo da inflação" como deflagrador da narrativa ortodoxa. Em seguida, será abordado que a financeirização das notícias não é explicada somente a partir das ferramentas da economia política. De outro modo, uma interpretação rica é produzida, reconhecendo o impacto das tecnologias, a mudança no valor das notícias e a agência dos próprios jornalistas. Finalmente, a terceira exposição vai explorar as relações entre jornalistas da elite do jornalismo econômico brasileiro e "agentes eficientes" do espaço das finanças, como um dos fatores que levam à produção e à manutenção de enquadramentos "ortodoxos" e/ou "neoliberais" na produção de matérias jornalísticas sobre a economia.

Coordenação: Maria Chaves Jardim - (UNESP)
Expositores: Roberto Grun (UFSCAR), Tomas Undurraga (UCL), Antonio José Pedroso Neto (UFT)

 

 

MR16 -  O debate em torno da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) no contexto das políticas curriculares brasileiras

Dia 25/10, terça-feira, das 8h30 às 10h00, sala 18 – Hotel Caxambu

A mesa tem como objetivo discutir a proposta da Base Nacional Comum Curricular para o Ensino Básico, apresentada em 2015 pelo Ministério da Educação, em especial no que diz respeito aos conteúdos da disciplina sociologia. Com três diferentes abordagens, a análise dessa base curricular terá como referência a comparação com outras propostas curriculares, tomando-as como políticas públicas e como desafios da democracia brasileira postos desde a promulgação da Constituição Federal de 1988. Além disso, pretende-se abordar um conjunto de ações mais ou menos recentes que expressam alternativas e ambiguidades na direção da definição centralizada dos saberes e conteúdos escolares, em especial no ensino médio, no Brasil e as implicações que daí decorrem para a elaboração de uma base nacional comum.

Coordenação: Heloisa Helena Teixeira de Souza Martins (USP)
Expositoras: Ileizi Luciana Fiorelli Silva (UEL), Simone Meucci (UFPR), Julia Polessa Maçaira (UFRJ)

 

 

MR17 -  O desafio da comparação internacional.

Dia 25/10, terça-feira, das 8h30 às 10h00, sala 19 – Hotel Caxambu

Esta mesa tenciona refletir, a partir de perspectivas inspiradas pelas ciências politicas a sociologia e a antropologia, sobre a metodologia e a politica da comparação internacional. A comparação, frequente e quase de forma obsessiva com os Estados Unidos e alguns países da Europa, tem sido presente nas ciências sociais desde sua alvorada. Ha varias implicações metodológicas e politicas que precisam ser analisadas, tanto olhando para o passado quanto pensando no futuro: porque a comparação, sobretudo de cunho binário tem sido uma fora descritiva tão popular e o que temos ganho com isso? como e porque comparar nações , ou condições nacionais, em um mundo sempre mais formado por rede e relações transnacionais? não seria mais interessante comparar, por exemplo, cidades, sistemas de oportunidades, tipo de relação de trabalho e de produção? como pensarmos hoje a comparação ao longo dos eixos Sul-Norte e Sul-Sul? estas são algumas das questões tocadas pela mesa.

Coordenação: Livio Sansone (UFBA),
Debatedor: Claudio Furtado (UFBA)
Expositores: Omar Ribeiro Thomaz (UNICAMP), Adalberto Moreira Cardoso (UERJ), Livio Sansone (UFBA)

 

 

MR18 - Políticas sociais: sociabilidades, temporalidades e territórios.

Dia 25/10, terça-feira, das 8h30 às 10h00, sala 20 – Hotel Palace

Esta Mesa Redonda explora os processos de constituição, operacionalização e legitimação de políticas sociais em seus territórios, considerados como espaços sociais de mediação e de produção de sociabilidades. A partir da investigação de experiências concretas, nos interessa debater as políticas sociais e as reconfigurações da pobreza e do lugar social destinado aos pobres, seja via políticas de assistência, seja via inserção laboral. A partir destes eixos, propusemos-nos a desvendar alguns dos mecanismos de governo nas políticas de assistência através dos serviços e programas e de suas formas de concretização. Em segundo lugar, entender as implicações das transformações do mercado de trabalho e nos sistemas de proteção social, com enfoque nas possibilidades de inserção social cidadã e redução das desigualdades, considerando a crise recente e a desigualdade estrutural da sociedade brasileira. Finalmente, colocamos sob análise , de um lado, os modos de acesso a políticas sociais e, de outro, as formas de operacionalização pelo “governo moral”, que envolve critérios morais e a mercantilização da assistência.

Coordenação: Marilis Lemos de Almeida (UFRGS)
Expositores: Isabel Pauline H. Georges (IRD), Christian Azaïs (LISE), Cibele Saliba Rizek (USP)

 

 

 MR19 -  "Que se vayan todos"? Uma discussão sobre a crise de legitimação da classe política brasileira.

Dia 27/10, quinta-feira, das 8h30 às 10h00, sala 2 – Hotel Glória

O desenvolvimento de uma classe política cada vez mais fechada a adventícios, heterogênea socialmente, mas semelhante quanto aos perfis de carreira e estratégias eleitorais é a conclusão da maior parte dos estudos sobre o tema no Brasil. A institucionalização das regras da democracia representativa impõe um conjunto de exigências que só podem ser atendidas por aqueles que se ocupam profissionalmente da política, e não por candidatos eventuais – por mais bens de fortuna que possuam, por maior que seja seu status social ou por mais vistosas sejam suas qualificações escolares. Essa característica do recrutamento tende a produzir um universo cada vez mais autônomo em relação a outros domínios da vida social. Ainda que o mundo da política não seja impermeável a outros campos, ele pode funcionar a partir de uma lógica específica que valoriza recursos obtidos dentro do próprio mundo político. Essa lógica favorece impõe uma forma de representação onde os políticos passam a representar mais seus interesses do que os interesses dos seus mandatários. Talvez isso esteja na base da “crise de representação” da classe política brasileira hoje. Esta mesa-redonda se propõe a discutir este tema.

Coordenação: Adriano Codato (UFPR)
Expositores: Bruno Speck (USP), Débora Messenberg (UnB), Igor Grill (UFMA)

 

 

MR20 - Questões e debates sobre a governança de sistemas agroalimentares.

Dia 27/10, quinta-feira, das 8h30 às 10h00, sala 3 – Hotel Glória

Desde meados dos anos 1990, normas, regras e padrões tornaram-se as palavras-chave para caracterizar a reconfiguração dos mecanismos de regulação econômica, aplicando-se a uma ampla variedade de setores de atividade (Fouilleux, 2012). O debate sobre a construção e o funcionamento dos "dispositivos de governança" esteve inserido na crítica à incapacidade do Estado para responder às demandas de uma economia cada vez mais globalizada (LeGalès, 1998). A partir desta crítica, diferentes dispositivos foram desenvolvidos, repassando para agentes privados e/ou da sociedade civil a responsabilidade sobre o monitoramento dos mercados (Bartley, 2007; Busch, 2013). As implicações deste processo se tornaram objeto de análise em diferentes disciplinas, primeiro no âmbito da Nova Economia Institucional (North, 1991) e da Economia das Convenções (Thévenot, 1997. Com foco voltado para a reestruturação do sistema agroalimentar, o objetivo desta mesa é analisar os desdobramentos mais recentes desta discussão, tendo como pano de fundo o diálogo entre estas diferentes correntes teóricas, e informado pelos resultados de pesquisas empíricas sobre diferentes mecanismos de governança.

Coordenação: Marcelo Domingos Sampaio Carneiro (UFMA)
Expositores: Paulo Andre Niederle - (UFRGS), John Wilkinson (UFRRJ), Stéphane Gérard Emile Guéneau (UnB-CDS e CIRAD)

 

 

MR21 - Reconhecimento, justiça e desigualdade.}

Dia 27/10, quinta-feira, das 8h30 às 10h00, sala 6 – Hotel Glória

A articulação entre reconhecimento, justiça e desigualdade ainda é um daqueles espaços teóricos que merecem expansão nas ciências sociais brasileiras. A teoria do reconhecimento (seja na perspectiva de Charles Taylor, Nancy Fraser ou Axel Honneth) abriu a possibilidade de se repensar grandes temas, como a questão das novas formas de trabalho contemporâneas e das classes sociais, os debates sobre racismo e conflitos étnicos, as mudanças nas relações de gênero, as novas configurações e conflitos de identidades, bem como a urgente questão global da imigração. O conceito de justiça, pensado na articulação entre suas dimensões procedimentais e normativas, se apresenta como fundamental para o enfrentamento das diversas formas de desigualdade social no Brasil atual. A questão da redistribuição de renda ao lado da peculiaridade dos movimentos sociais que presenciamos neste exato momento, apenas reforça a necessidade do aprofundamento do debate sobre o reconhecimento social. A compreensão da democracia não pode mais se furtar deste seu aspecto fundamental. Esta mesa propõe a discussão sobre os possíveis desdobramentos teóricos e empíricos destas questões.

Coordenação: Cinara Lerrer Rosenfield (UFRGS)
Expositores: Fabrício Barbosa Maciel (UFF), Josué Pereira da Silva (UNICAMP), Marek Hrubec (Czech Academy)

 

 

MR22  - Ruralidades no século XXI: balanço e desafios empíricos para a teoria social.

Dia 27/10, quinta-feira, das 8h30 às 10h00, sala 7 – Hotel Glória

Em consonância com a superação do antagonismo campo-cidade como eixo estruturador dos instrumentos de análise das questões sociais, esta Mesa Redonda propõe-se a debater categorias analíticas que se apresentam à luz dos novos temas que marcam os estudos rurais no Brasil. Buscar-se-á problematizar trabalhos recentes realizados no país sobre as metamorfoses contemporâneas do rural, estabelecendo interlocuções acerca dos novos desafios postos pelo mundo rural à teoria social. Dentre os temas centrais a serem discutidos, estão as transformações sócio-demográficas do rural (masculinização, envelhecimento, desagrarização), a regulação ambiental, o horizonte das políticas públicas para o campo (em suas dimensões agrícola, ambiental e de redução da pobreza e da desigualdade) e o papel das redes de solidariedade e de cooperação no campo.

Coordenação: Rodrigo Constante Martins (UFSCar)
Expositores: Arilson da Silva Favareto (UFABC), Flávio Sacco dos Anjos (UFPel), Ramonildes Alves Gomes (UFCG)

 

 

MR23 -  Sociologia politica, história e ativismo social.

Dia 27/10, quinta-feira, das 8h30 às 10h00, sala 9 – Hotel Glória

A mesa propõe uma discussão sobre a tradição de pesquisa da sociologia política e seu potencial teórico para interpelar não apenas nossa compreensão de eventos contemporâneos, mas, também, de processos históricos de média e longa duração em nossa sociedade. A formulação traz ao menos três questões distintas que recoloca em pauta a relação entre história e teoria em pelo menos três dimensões diferentes. Primeiro como identificar a dimensão de processo inscrita no nosso presente, com continuidades e descontinuidades. Segundo como repensar o próprio processo histórico e alguns de seus eventos-chave a partir de novas categorias analíticas. Terceiro como conciliar uma visão mais matizada dos fenômenos sócio-políticos, historicamente variáveis, com a teoria, tendo em vista o compromisso da generalização teórica no campo da sociologia. Esses são desafios mais gerais e mais ou menos permanentes da sociologia política. Para retomá-los, nosso ponto de partida são algumas provocações formuladas num livro recente da área, Flores, votos e balas. O Movimento Abolicionista brasileiro de Angela Alonso.

Coordenação: André Botelho (UFRJ)
Expositores: Angela Alonso (USP, CEBRAP), Marcelo Carvalho Rosa (UNB), Maria Alice Rezende de Carvalho (PUC-Rio)

 

 

 MR24 -  Sociologia relacional: Um novo paradigma?

Dia 27/10, quinta-feira, das 8h30 às 10h00, sala 10 – Hotel Lopes

O “giro relacional” tem sido bastante forte na América do Norte e na Grã Bretanha, com interessante impacto na França, na Itália, nos países escandinavos, na Turquia, na Austrália e na Alemanha. A organização desta discussão na ANPOCS será não somente uma boa forma de introduzir os nossos colegas no Brasil a este paradigma emergente, mas também um modo de mostrar como este enfoque pode ser relevante para o estudo da sociedade brasileira e seus processos e problemas específicos. De um modo geral, o paradigma relacional se caracteriza por uma especial ênfase nas relações sociais. Mais precisamente, os sociólogos relacionais percebem os fenômenos sociais (sociedades, instituições, culturas, patrões sócias, correntes sociais etc.) como relações sociais definidas por conceitos, tais como redes, assemblages, campos sociais, mundos sociais, processos sociais ou configurações. O objeto da sociologia relacional é o estudo dessas formas de relação. Como qualquer outra constelação intelectual, a sociologia relacional também se caracteriza por controvérsias sobre temas centrais como a importância – e ainda a existência – de poderes causais das estruturas sociais. Porém, muitos sociólogos relacionais concordam com M. Emirbayer, autor este que explicou, em seu “manifesto relacional” (1997), que a sociologia relacional rejeita o estudo de “substâncias sociais” em favor da análise de “processos sociais”. Seguindo esta lógica, os sociólogos relacionais têm desafiado a ideia clássica segundo a qual relações sociais endurecidas (ou “coisas sociais”), uma vez cristalizadas, simplesmente determinam os comportamentos dos indivíduos e dos grupos. Neste sentido, a sociologia relacional é uma das abordagens que emerge na sociologia depois do declínio relativo do estruturalismo e de outras formas de determinismo social.

Coordenação: Frederic Vandenberghe (IESP-UERJ)
Expositores: Sergio Tonkonoff (CONICET/UBA), Francois Depelteau (LU), Gabriel Cohn (USP)

 

 MR25 - Tempo, trabalho e política.

Dia 27/10, quinta-feira, das 8h30 às 10h00, sala 11 – Hotel Lopes

No campo da teoria democrática, as percepções críticas em relação aos limites do arranjo concorrencial imperante enfatizam a necessidade de ampliar a possibilidade de participação popular na política. Tal possibilidade é dependente da posse de vários recursos – e, crucialmente, de um deles, o tempo. O tempo pode ser visto, portanto, como um recurso político primário, o que implica colocar a divisão do trabalho no centro da discussão sobre a política. Ela é uma das formas centrais pelas quais determinantes de classe e gênero impactam a democracia. Controle e distribuição do tempo também são objetos importantes da disputa política. Políticas públicas incidem centralmente sobre a disponibilidade de tempo de diferentes grupos e pessoas. E é preciso levar em conta a velocidade com que as instituições respondem às diferentes demandas, colocando as populações mais pobres, em especial, na condições de "pacientes do Estado" – pessoas cujo tempo é suspenso, à espera de que necessidades vitais sejam atendidas. O objetivo da mesa é unir a ciência política, a sociologia do trabalho e o feminismo, para discutir as múltiplas interações entre controle do tempo, divisão do trabalho e política.

Coordenação: Luis Felipe Miguel (UnB)
Expositores: Helena Hirata (CNRS – França), Henrique Amorim (Unifesp), Flávia Biroli (UnB)

 

 

 MR26 - Justiça: política por outros meios?

Dia 27/10, quinta-feira, das 8h30 às 10h00, sala 1 – Hotel Glória

As instituições do campo da justiça ocupam lugar central na cena política brasileira contemporânea. Chamadas a atuar no controle da administração pública, na arbitragem de conflitos entre os poderes políticos, no combate à corrupção e na consecução de políticas públicas, tais instituições têm redefinido as fronteiras entre direito e política, entre soberania e representação, entre legitimidade e legalidade. Com o agravamento da crise em 2016, ações do Ministério Público, da Polícia Federal e do Poder Judiciário passaram a ditar os rumos do processo político, politizando ao mesmo tempo o campo da Justiça. A mesa se propõe a expor e discutir as linhas principais deste cenário de judicialização da política e de politização da justiça.

Coordenação: Claudio Gonçalves Couto (FGV-SP)
Expositores: Marjorie Corrêa Marona (UFMG), Conrado Hubner Mendes (FADUSP), Diego Werneck Arguelhes (FGV-RJ), Rogério Arantes (USP)

 


Colóquios (CQ)

 CQ1 - A  relação humano-animal nas Ciências Sociais}

Coordenação: Jean Segata (UFRGS) e Bernardo Lewgoy (UFRGS)

Este colóquio reúne pesquisadores da relação humano-animal nas Ciências Sociais. Seus trabalhos exploram variados contextos de pesquisa e apontam para debates como (i) o da conservação de espécies em ambientes de selva, (ii) a transformação do animal do campo e pecuária, (iii) a proteção animal em meios urbanos e seus novos direitos e moralidades ou (iv) a relação entre ciência e política nos laboratórios e nas irrupções epidêmicas. A relação humano-animal pode particularizar grandes sistemas explicativos transnacionais, em termos de saúde, política, mercados e ciência, tanto em movimentos locais quanto globais, políticos e epistemológicos. Os trabalhos desse colóquio sugerem que o reposicionamento do animal na relação com o humano permite situar e extrair consequências e críticas da antinomia natureza e cultura, pensados como domínios ontológicos distintos. A partir de diferentes perspectivas, o animal é pensado como uma presença – uma alteridade – por meio da qual diferenças e singularidades são explicitadas e definidas, o que faz com que a relação humano-animal materialize novos desafios para as Ciências Sociais.

1ª Sessão: Criação, conservação e proteção
Dia 25/10, terça-feira, das 20h30 às 22h00, sala 10 – Hotel Lopes

Coordenação: Jean Segata (UFRGS)
Debatedores: Jean Segata (UFRGS), Theophilos Rifiotis (UFSC)
Expositores: Guilherme José da Silva Sá (UnB), Felipe Süssekind (PUC-Rio), Caetano Sordi (UFRGS), Bernardo Lewgoy (UFRGS)

2ª Sessão: Ciência, política e transformação
Dia 26/10, quarta-feira, das 19h30 às 21h00, sala 10 – Hotel Lopes

Coordenação: Bernardo Lewgoy (UFRGS)
Debatedores: Bernardo Lewgoy (UFRGS), Theophilos Rifiotis (UFSC)
Expositores: Natacha Simei Leal (USP), Jéremy Paul Jean-Loup Déturche (UFSC), Iara Maria de Almeida Souza (UFBA), Jean Segata (UFRGS)

 

 

CQ2 - As teorias da mudança social}

Coordenação: Gonzalo Rojas (UFCG), Luiz Eduardo Motta (UFRJ)

Neste Colóquio pensamos focar num tema que consideramos importante no interior do marxismo, mas também para várias outras correntes emancipatórias que conviveram e convivem com ele tanto no plano teórico como no plano da prática. Portanto, pretende-se discutir a teoria marxista da transição ao socialismo dialogando com as teorias sociológicas que se debruçaram sobre o problema da mudança social. Diferentes teorias sociais ocuparam-se não só da análise da reprodução das sociedades, como também da análise das condições da mudança social. Isso fica evidente nas contribuições de Weber, Foucault e Bourdieu ao tema da reprodução das relações de poder na sociedade moderna no que concerne ao papel das instituições. Assim sendo, dando continuidade a proposta do tradicional GT Marxismo e Ciências Sociais da Anpocs, pretendemos nesse Colóquio demarcar a contribuição desse tema pelas diferentes perspectivas do marxismo, e de seu diálogo com outras correntes de pensamento que contribuíram para a problemática da reprodução e da transformação social.

1ª Sessão: A problemática teórica da reprodução e da transformação social nas sociedades de transição
Dia 25/10, terça-feira, das 20h30 às 22h00, sala 11 – Hotel Lopes

Coordenação: Gonzalo Rojas (UFCG)
Expositores: Armando Boito Jr. (Unicamp), Luiz Eduardo Motta (UFRJ), Marcos Tadeu Del Roio (Unesp)

2ª Sessão: Classes, lutas emancipatórias e transição ao socialismo
Dia 26/10, quarta-feira, das 19h30 às 21h00, sala 11 – Hotel Lopes

Coordenação: Luiz Eduardo Motta (UFRJ)
Expositores: Gonzalo Rojas (UFCG), Javier Amadeo (Unifesp), Lucina Aliaga (UFPB)

 

 

 

CQ3 - Mundo em transição: novos vértices de poder, instituições e cooperação}

Coordenação: Karina P. Mariano (Unesp), Roberto Goulart Menezes (UnB)

A proposta pretende reunir pesquisadores brasileiros e estrangeiros com o objetivo de refletir sobre as mudanças que estão ocorrendo no cenário internacional. O ST englobará discussões sobre as mudanças nas relações de poder e a emergência de novas lideranças – sejam elas regionais ou mundiais -, levando em consideração a sua interação com as potências estabelecidas, sobre o papel que as instituições e organizações internacionais têm desempenhado nesse contexto e sobre o desenvolvimento de diferentes mecanismos de cooperação utilizados pelos Estados e atores não-estatais na sua inserção internacional. As temáticas abordadas pelo ST são: - Estratégias Internacionais dos Países Emergentes: as estratégias de política externa dos países emergentes – com especial atenção à Política Externa Brasileira -, sua atuação em instituições internacionais ou negociações e suas relações com as atuais potências. - Cooperação e Regionalismo: reflexões sobre esses fenômenos e seus desdobramentos para a conformação da atual ordem internacional, contemplando também os debates acerca dos processos de integração, novas institucionalidades e suas relações com as estratégias dos países emergentes.

1ª Sessão: América do Sul em transição: novas perspectivas para a integração regional
Dia 25/10, terça-feira, das 20h30 às 22h00, sala 12 – Hotel Lopes

Coordenação: Roberto Goulart Menezes (UnB)
Debatedor: Roberto Goulart Menezes (UnB)
Expositores: Karina P. Mariano (Unesp), Tullo Vigevani (San Tiago Dantas), Miriam Saraiva (Uerj), Marcelo de Almeida Medeiros (UFPE)

2ª Sessão: Cooperação e política externa brasileira
Dia 26/10, quarta-feira, das 19h30 às 21h00, sala 12 – Hotel Lopes

Coordenação: Karina P. Mariano (Unesp)
Debatedora: Karina P. Mariano (Unesp)
Expositores: Roberto Goulart Menezes (UnB), Antônio J. Escobar Brussi (UnB), Natalia N. Fingermann (UniSantos), Alexandre Fuccille (Unesp)

 

 

CQ4 - Pensamento social latino-americano e os desafios do mundo contemporâneo}

Coordenação: Carlos Eduardo Martins (UFRJ), Sedi Hirano (USP)

Este Colóquio pretende articular o aporte do pensamento social latinoamericano à análise de grandes temas contemporâneos que permeiam a conjuntura de nossa região. A 1ª sessão, crise das esquerdas e os desafios das ciências sociais, analisará a ascensão das esquerdas na América Latina, sua diversidade interna e os seus impasses a partir da desestabilização política e econômica produzida pela reação à expansão do mercado interno e à nacionalização dos recursos estratégicos por frações expressivas das classes dominantes da região e pelo imperialismo norte-americano e atlantista. A 2ª sessão, Poder mundial, geopolítica e os caminhos do sul, abordará a inserção da América Latina num contexto internacional marcado pela finaceirização da economia mundial e crise do atlantismo, pela reformulação das bases da hegemonia estadunidense, pela crise do liberalismo e da democracia representativa, pela ascensão da China, pela emergência dos BRICS, por seus impasses bem como os da esquerda latino-americana e de seus processos de integração diante da ofensiva articulada desde os Estados Unidos para sua desestabilização econômica e política.

1ª sessão: A crise das esquerdas na América Latina e os desafios das ciências sociais
Dia 25/10, terça-feira, das 20h30 às 22h00, sala 13 – Hotel União

Coordenação: Sedi Hirano (USP)
Debatedor: Igor Fuser (UFABC)
Expositores: André Singer (USP), Carlos Eduardo Martins (UFRJ), Wagner Iglecias (USP)

2ª sessão: Poder mundial, geopolítica e os caminhos do sul
Dia 26/10, quarta-feira, das 19h30 às 21h00, sala 13 – Hotel União

Coordenação: Carlos Eduardo Martins (UFRJ)
Debatedor: Lucio Flavio de Almeida (PUC-SP)
Expositores: Isabela Nogueira de Morais (UFRJ), Elias Marco Khalil Jabbour (USP), Valeria Lopes Ribeiro (UFRJ)

 

 

CQ5 - Forças Armadas, Estado e Sociedade}

Coordenação: Eduardo Heleno de Jesus Santos (UFF), Eduardo Svartman (UFRGS)

As relações entre civis e militares na democracia e nos regimes autoritários. Os Estudos Estratégicos. O fenômeno da guerra. As Missões de paz. A História Militar. O complexo industrial militar e seus efeitos na sociedade. Gênero e Forças Armadas.

1ª sessão: Relações entre civis e militares
Dia 25/10, terça-feira, das 20h30 às 22h00, sala 14 – Hotel União

Coordenação: Eduardo Heleno de Jesus Santos (UFF)
Debatedor: Eduardo Heleno de Jesus Santos (UFF)
Expositores: Delmo Arguelhes (UNIEURO), Paulo Cunha (Unesp), Vagner Camilo Alves (UFF)

 

2ª sessão: A Indústria de Defesa e seus efeitos na sociedade
Dia 26/10, quarta-feira, das 19h30 às 21h00, sala 14 – Hotel União

Coordenação: Eduardo Svartman (UFRGS)
Debatedor: Eduardo Svartman (UFRGS)
Expositores: Dennison de Oliveira (UFPR), Eurico de Lima Figueiredo (UFF), William Moreira (EGN)

 

 

 

CQ6 - Pensando as décadas esportivas: análise dos Jogos Pan-americanos, Copa do Mundo e Olimpíadas no Brasil}

Coordenação: José Jairo Vieira (UFRJ), Francisco Xavier Freire Rodrigues (UFMT)

Com a contemporaneidade, o esporte vem assumindo um significado diferenciado na sociedade. Com isso, este colóquio é um espaço para o debate social, cultural e político deste fenômeno. No caso brasileiro, vivemos um efervescente debate estimulado pelos Megaeventos Esportivos iniciados com os Jogos Pan-americanos ocorridos em 2007, pela Copa do Mundo de 2014 e encerrados pelos Jogos Olímpicos de 2016, diversos estudos foram e estão sendo desenvolvidos levando em conta este cenário. Desta forma, objetivamos reunir nesse colóquio algumas análises relacionadas às diversas temáticas das ciências sociais e o fenômeno esportivo como à desigualdade, classes, raça, políticas sociais, educação, profissionalismo, gênero, racionalismo, individualismo, identidade, sociabilidade, globalização, entre outras, que apresentem o esporte e, sobretudo, o futebol como foco e que tenham a Copa do Mundo e as Olimpíadas como objeto de análise para uma compreensão das implicações dessas manifestações para o Brasil.

1ª sessão: Pensando as décadas esportivas no Brasil: primeiro tempo
Dia 25/10, terça-feira, das 20h30 às 22h00, sala 15 – Hotel União

Debatedor: Francisco Xavier Freire Rodrigues (UFMT)
Expositores: Aldo Antônio de Azevedo (UnB), Tulio Velho Barreto (FUNDAJ), Luís Otavio Teles Assumpção (PUC-Brasília), José Jairo Vieira (UFRJ)

2ª sessão: Pensando as décadas esportivas no Brasil: segundo tempo
Dia 26/10, quarta-feira, das 19h30 às 21h00, sala 15 – Hotel União

Debatedor: José Jairo Vieira (UFRJ)
Expositores: Carlos Nazareno Ferreira Borges (UFPA), Andréa Lopes da Costa Vieira (Unirio), Ludmila Maria Moreira Lima (Unirio), Francisco Xavier Freire Rodrigues (UFMT)

 

 

 

CQ7 - Teoria política e pensamento político brasileiro: poder, legitimidade e conflito.}

Coordenação: Maria Fernanda Lombardi Fernandes (Unifesp), Pedro H. Villas Bôas Castelo Branco (Iesp-Uerj)

O colóquio “Teoria política e pensamento político brasileiro” reúne pesquisadores interessados no estudo dos debates da teoria política contemporânea e da história do pensamento político, contribuindo para a aglutinação de um campo de pesquisa que há anos promove atividades de discussão nos moldes de GTs, STs ou mesas da Anpocs. No espaço deste colóquio pretende-se, numa mesa, discutir o modo pelo qual diferentes tradições e correntes teóricas mobilizam os conceitos de poder, legitimidade ou conflito, tendo em vista o diálogo com a teoria política e com o pensamento político brasileiro. Aproveitando o caráter também de “balanço da área” que o colóquio pode propiciar, a outra mesa será dedicada justamente à reflexão sobre a relação entre teoria e pensamento, apresentando diferentes abordagens metodológicas da questão.

1ª sessão: Aspectos metodológicos dos estudos de teoria e pensamento
Dia 25/10, terça-feira, das 20h30 às 22h00, sala 16 – Hotel União

Coordenação: Maria Fernanda Lombardi Fernandes (Unifesp)
Debatedora: Raquel Kritsch (UEL)
Expositores: Christian Edward Cyril Lynch (Iesp-Uerj), Cícero Araujo (USP) e Ricardo Silva (UFSC)

2ª sessão: Poder, legitimidade e conflito
Dia 26/10, quarta-feira, das 19h30 às 21h00, sala 16 – Hotel União

Coordenação: Maria Fernanda Lombardi Fernandes (Unifesp)
Debatedor: Pedro H. Villas Boas Castelo Branco (Iesp-Uerj)
Expositores: Bernardo Ferreira (Uerj), Bernardo Ricupero (USP) e Marcelo Jasmin (PUC Rio)

 

 

 

CQ8 - Estudos eleitorais: voto, campanhas e suas metodologias}

Coordenação: Helcimara Telles (UFMG) e Antonio Lavareda (UFPE)

Por que devemos estudar o comportamento eleitoral se o eleitor “não sabe votar”? O objetivo deste Colóquio é abordar os diversos aspectos do comportamento eleitoral e das principais variáveis que impactam sobre o voto, a partir das teorias clássicas – sociologia, psicossociologia, escolha racional -, somando-se a estas tradições as últimas teorias sobre o papel das variáveis de longo prazo, como os valores, e as de curto prazo, como as campanhas e suas estratégias. Pretende-se que o seminário temático aborde os processos nacionais e internacionais – América Latina, mas sem desconsiderar a dimensão municipal do voto no Brasil, uma esfera que tem merecido poucos estudos, com relevância sobre o papel das campanhas na televisão e nas redes sociais, adicionando às discussões as pesquisas quantitativas, qualitativas e as novas metodologias de mineração de dados nas redes sociais e os estudos das relações entre a emoção e o voto.

1ª sessão: Voto e campanhas em eleições municipais
Dia 25/10, terça-feira, das 20h30 às 22h00, sala 17 – Hotel Caxambu

Coordenação: Gustavo Venturi Jr. (USP)
Debatedor: Tiago Prata Lopes Storni (UERJ)

Expositores: Cláudio Luis de Camargo Penteado (UFABC) e Regina Helena (UFMG)
Campanhas online e suas repercussões: os usuários influentes do Twitter nas eleições de 2012.

Emerson Urizzi Cervi (UFPR)
O peso do dinheiro e do tempo de rádio e TV na disputa do voto para prefeito.

Helcimara Telles (UFMG)
Escândalos midiáticos e pragmatismo no voto e nas campanhas para Prefeito em Belo Horizonte.

Marcia Cavallari (IBOPE)
Petismo e antipetismo: o local de moradia e a decisão do voto em São Paulo.

2ª sessão: Estudos eleitorais e suas metodologias
Dia 26/10, quarta-feira, das 19h30 às 21h00, sala 17 – Hotel Caxambu

Coordenação: Helcimara Telles (UFMG)
Debatedora: Maria Teresa Kerbauy (Unesp)

Expositores: Luciana Fernandes Veiga (UNIRIO)
Voto econômico na América Latina em fase de crescimento econômico e redução da pobreza.

Wladimir Gramacho (UnB)
Avaliação retrospectiva-econômica: um bom preditor em estudos eleitorais?

Felipe de Moraes Borba (UNIRIO)
Metodologias para análises de spots e de campanhas negativas.

Silvana Krause (UFRGS)
Fragmentação das eleições locais e a emergência de novas forças políticas no Brasil: uma análise a partir de dados eleitorais agregados.

 

 

CQ9 - O campo de públicas e os desafios da avaliação}

Coordenação geral: Carlos Raul Etulain (Unicamp) e Lindijane de Souza Bento Almeida (UFRN)

1ª sessão: Campo de Públicas: questões emergentes, desafios e suas abordagens
Dia 25/10, terça-feira, das 20h30 às 22h00, sala 18 – Hotel Caxambu

Coordenador de sessão: Carlos Raul Etulain (Unicamp )

A presente proposta objetiva fomentar o debate sobre ensino e pesquisa no Campo de Públicas. Trata-se de uma iniciativa que tem como finalidade aglutinar estudos e pesquisas que aprofundam o debate teórico interdisciplinar e multidisciplinar hoje presente em vários cursos de pós-graduação que dialogam as DCNs dos Cursos de bacharelado do Campo de Públicas. A proposta integra o Plano de Ação da Diretoria de Ensino da ANEPCP, conforme princípios do Campo de Públicas e expressa o interesse em debater os desafios da pesquisa nesse campo em formação. Constitui-se, portanto, como espaço institucional relevante para pensar questões teórico-metodológicas e problemas aplicados ao desenvolvimento do Campo de Políticas Públicas. Além disso, o interesse desta mesa-redonda é pensar sobre os dilemas que enfrenta o Brasil em termos de atendimento da sua histórica demanda social e de sua recente trajetória de democratização. Tudo isto pensado desde diferentes escolas e programas de pós-graduação que se integram no pano de fundo da política pública.

Expositores: Magda de Lima Lucio (UnB), Rodrigo Rossi Horochovski (UFPR), Carlos Raul Etulain (Unicamp )

 

 

 

2ª sessão: Desafios e potencialidades da avaliação de políticas públicas como instrumento estratégico de gestão e de controle social
Dia 26/10, quarta-feira, das 19h30 às 21h00, sala 18 – Hotel Caxambu

Coordenadora de sessão: Lindijane de Souza Bento Almeida (UFRN)

No Brasil a medida em que avança o processo de formalização das políticas públicas, nota-se, progressivamente, a defesa da incorporação da avaliação destas políticas. Não se trata de tema novo, nem de prática nova, mas percebe-se o impulso que a discussão sobre a avaliação ganha, mais recentemente, estimulada internamente por demandas da sociedade por universalização das políticas públicas, situadas no contexto de construção da cidadania no âmbito democrático, e reforçadas por princípios externos que as ratificam. Entretanto, é possível notar uma série de desafios que precisam ser superados no seu modus operandi para que de fato, este processo avance a contento, sobretudo do ponto de vista do aprofundamento da cidadania. É justamente, nesta direção, que propomos esta mesa redonda. Seu objetivo é a partir das experiências desenvolvidas no âmbito do NAPP da UFRN, do MAPP da UFC, do NEPPs da Unesp de Franca e da Rede Gestão Social (UFRB), contribuir com o debate sobre estes desafios, refletindo sobre os desafios e possibilidades de se pensar a avaliação como instrumento estratégico de gestão e de controle social.

Expositores: Alcides Fernando Gussi (UFC), Camila Gonçalves De Mario (UAM, Unesp), Edgilson Tavares de Araújo (UFRB)
Debatedora: Regina Claudia Laisner (Unesp)

 

 

 CQ10 -  Os desafios da editoração científica no campo das Ciências Sociais}

Coordenação: Adrian Gurza Lavalle (USP; editor da RBCS)

1ª sessão: Alternativas aos indicadores ou indicadores alternativos
Dia 25/10, terça-feira, das 20h30 às 22h00, sala 8 – Hotel Glória

Avaliar ou aferir a importância de periódicos científicos é propósito a um só tempo valioso, complexo e delicado. Valioso porque amplia o conhecimento sobre o nosso afazer e permite informar as políticas científicas, as estratégias dos editores e as escolhas da comunidade científica. Complexo e delicado não apenas pelos desafios quanto à definição das qualidades e à operacionalização adequada para aferi-las, mas pelas implicações das resposta adotadas para os periódicos avaliados. Assim, é tarefa crucial para a comunidade editorial das ciências sociais oferecer propostas quanto às qualidades que devem ser prezadas e aos caminhos para aferi-las. Esta mesa se propõem a debater indicadores alternativos e diagnósticos por eles produzidos, bem como as qualidades da editoração nas ciências sociais que escapam dos indicadores tradicionais. Coordenador de sessão: Adrian Gurza Lavalle (USP; editor da RBCS)

Expositores: Rogério Mugnaini (USP), Emil A. Sobottka (PUCRS), André Serradas (SIBi/USP).
Debatedor: Lucas Massimo (NUSP; editor de Sociologia Política)

 

2ª sessão: Experiências e estratégias perante ao novo cenário da editoração cientifica
Dia 26/10, quarta-feira, das 19h30 às 21h00, sala 8 – Hotel Glória

A editoração científica tem se tornado uma atividade altamente demandante em termos de tempo, recursos e conhecimento especializado. Impulsionar a profissionalização dos periódicos e promover a internacionalização do conhecimento científico neles veiculado são propósitos louváveis, mas a avaliação das políticas que os promovem, bem como de seus resultados, encerra controvérsia e oferece diagnósticos mistos. Não é casual: os periódicos que definem a riqueza e diversidade da veiculação de conhecimento nas ciências sociais são afetados de modo distinto por essas políticas. Esta mesa se propõe a revisar diversas experiências e estratégias perante esse cenário levando em consideração a diversidade editorial de nossas áreas.

Coordenador de sessão: Adrian Gurza Lavalle (USP; editor da RBCS)
Expositores: Maria Laura Cavalcanti (UFRJ; editora de Sociologia & Antropologia); Lucas Massimo (NUSP; editor de Sociologia Política); Ricardo Teperman (Cebrap; editor da Novos Estudos)
Debatedor: Livio Sansone (UFBA)

 

 

CQ11 - Colóquio Imagem e Som (Comissão de Imagem e Som)}

1ª sessão: Arquivos e acervos fotográficos: sentidos emergentes e curadorias
Dia 25/10, terça-feira, das 9h00 às 11h00, sala 5 , Anfiteatro Caxambu – Hotel Glória

Pretendemos criar um espaço de reflexão compartilhada sobre os múltiplos sentidos da ação de pesquisa em arquivos e acervos fotográficos associados ao tratamento da memória, dos imaginários e das narrativas que sustentam o processo de difusão/exposição destes materiais em contextos e meios sociais variados. Incluimos questões de acesso a arquivos e acervos, políticas de preservação e difusão, bem como questões éticas referentes ao uso de imagens.

Coordenação: Ana Luisa Fayet Sallas (UFPR)
Expositores: Renato Athias (UFPE), Yara Schereiber Dines (USP), Roberta Zanatta (IMS)
Obs. Debate com os autores dos Ensaios fotográficos.

 

2ª sessão: Guerras de imagens e mídias alternativas
Dia 26/10, quarta-feira, das 9h00 às 11h00, sala 5 , Anfiteatro Caxambu – Hotel Glória

Buscamos refletir sobre processos de produção e circulação de conhecimento por meio de novas mídias que tem oferecido imagens contrastantes, atualizando arenas para o embate sócio político, e possibilitando a emergência de novos atores articulados ao debate sobre políticas publicas envolvendo comunicação, conhecimento e cultura, possibilidades alternativas de acesso e democratização dessas dimensões e o surgimento de renovadas formas de controle social, vigilância e ativismo possibilitados pelas tecnologia digitais.

Coordenação: Edgar Teodoro da Cunha (Unesp)
Expositores: Miguel Chaia (PUC-SP), Henrique Parra (Unifesp), Pablo Ortellado (USP)

 

 


Fórum (FR)

FR1 - Classes sociais e instituições

Coordenação: Carlos Savio Gomes Teixeira (UFF), Roberto Dutra Torres Junior (IPEA)

O tema das classes sociais é questão central para as ciências sociais. A construção diferencial dos sujeitos sociais a partir do pertencimento de classe é a determinação mais importante do comportamento individual e social. É a partir deste pertencimento que se pode perceber os critérios de classificação e desclassificação social que irão possibilitar todos os privilégios (justos e injustos) de acesso aos bens e recursos escassos na sociedade. Como são esses critérios – opacos em sociedades como as capitalistas que se dizem igualitárias, mas que são desiguais e injustas em medida variável – que condicionam o acesso a tudo que sonhamos acordado ou dormindo, desde os bens materiais (carro ou casa) como também os imateriais (charme que decide o acesso ao tipo de parceiro erótico, distinção social, auto-estima). O intuito do Fórum é estimular reflexão como a que vínhamos realizando na forma de GT nos últimos quatro anos, levando-o a ser o mais visitado da Anpocs. Desta vez, daremos ênfase aos vínculos entre a estrutura de classes e a dimensão institucional da sociedade: esferas sociais como a economia, a política, o direito, a cultura, a religião, o sistema de ensino, o sistema de comunicação de massas.

1ª sessão: Classe, instituições e cultura
Dia 25/10, terça-feira, das 20h30 às 22h00, sala 19 – Hotel Caxambu

Mídia e classe social no Brasil
Maria Eduarda da Rocha (UFPE)

Religião e classe social no Brasil
Brand Arenari (UENF)

Música e classe social no Brasil
Paulo César de Araújo (UFF)

 

2ª sessão: Classe, instituições e economia
Dia 26/10, quarta-feira, das 19h30 às 21h00, sala 19 – Hotel Caxambu

Trabalho e classes no Brasil
Fabrício Barbosa Maciel (UFF)

Educação, economia e classe no Brasil
Ricardo Gervasio Bastos Visser (IPEA)

Instituições transformadoras e classes populares no Brasil
Carlos Sávio Gomes Teixeira (UFF) e Roberto Dutra Torres Junior (IPEA)

 

3ª sessão: Classe, gênero e raça
Dia 27/10, quinta-feira, das 18h00 às 19h30, sala 19 – Hotel Caxambu

Gênero e classe social no Brasil
Luis Felipe Miguel (UNB)

Raça e classe no Brasil
Emerson Ferreira Rocha (IPEA)

Desigualdades, gênero e classe social: contribuições da sociologia cultural norte-americana
Lucas Hertzog (UFRGS)

 

 

FR2 - Transformações na produção do conhecimento: novos arranjos institucionais e respostas às crises

Coordenação: Elizabeth Balbachevsky (USP), Antonio José Junqueira Botelho (Iuperj)

Esse Fórum tem por objetivo identificar e analisar as condições para a evolução do novo modo de produção do conhecimento no Brasil e no mundo, explorando o surgimento de novos atores sociais, em particular a reconfiguração dos ambientes de pesquisa e as relações universidade-empresa. O Fórum busca analisar as mudanças experimentadas pelo sistema de ciências em conjunturas de crise, quando as demandas da sociedade são reorientadas, seja por restrições de recursos, seja porque o sistema de produção de conhecimento é chamado a responder rapidamente. Por exemplo, o enfrentamento da crise que ora o País se encontra, diante da epidemia do vírus Zika, para o qual a comunidade científica nacional e internacional é um ator central. Na produção da resposta a esses desafios, novas dinâmicas ganham força; novos atores surgem, como por exemplo, investidores e agencias de fomento a inovação privadas nacionais e internacionais, com expectativas e modus operandi muito distintos daqueles que a comunidade científica está acostumada a operar. A resposta eficaz exige alteração na relação costumeira entre os ambientes de pesquisa básica e outros espaços institucionais, tais como hospitais e agências governamentais de financiamento. Ela impõe também a construção de canais de interação com novos atores (empresas, investidores em capital de risco, organismos internacionais, órgãos públicos, etc.) e exige a flexibilização do leque de comportamentos e normas aceitos pelos próprios cientistas.

1ª sessão: A sociedade do conhecimento: a natureza e desafios de novos modos de produção da ciência
Dia 25/10, terça-feira, das 20h30 às 22h00, sala 21 – Hotel Palace

Coordenadora de sessão: Sonia K. Guimarães (UFRGS)
Debatedora: Maria Teresa Kerbauy (USP)

Expositores:

O novo modo de produção da ciência: balanço de duas décadas de debates
Simon Schwartzman (IETS)

Novos arranjos para a produção da ciência e seus desafios para a institucionalidade acadêmica
Fernanda Sobral (UnB)

Mecanismos de Financiamento à C&T no Brasil e seu impacto sobre a organização da ciência
Alex da Silva Alves (USP)

 

2ª sessão: Crise e reconfigurações dos modos de produção da ciência
Dia 26/10, quarta-feira, das 19h30 às 21h00, sala 21 – Hotel Palace

Coordenadora de sessão: Maria Conceição da Costa (Unicamp)
Debatedora: Elizabeth Balbachevsky (USP)

Expositores:

A resposta da comunidade científica ao desafio do Zika Virus
Paulo Zanotto (USP)

Mudanças institucionais na produção da ciência em tempos de crise
Maria Conceição da Costa (Unicamp)

A crise do petróleo e mudança institucional na ciência e tecnologia no Brasil
Antonio José Junqueira Botelho (Iuperj)

 

3ª sessão: Crises, arranjos institucionais e organizacionais nas dinâmicas de produção
Dia 27/10, quinta-feira, das 18h00 às 19h30, sala 21 – Hotel Palace

Coordenador de sessão: Antonio José Junqueira Botelho (Iuperj)
Debatedora: Sonia K. Guimarães (UFRGS)

Expositores:

Elites científicas locais. Agentes privilegiados na resposta a demandas de conhecimento
Thales Haddad Novaes de Andrade (UFSCar)

A reorganização da produção científica ‘periférica’ em face da crise climática global
Fabrício Monteiro Neves (UnB)

O papel da ciência, tecnologia e inovação no desenvolvimento: modelos e incentivos para a colaboração universidade-empresa
Mariza Almeida (Unirio)

 

 

FR3 - Secularismo, emergência pública da religião e teoria social}

Coordenação: Joanildo A. Burity (Fundaj), Paula Montero (USP) e Ricardo Mariano (USP)

O Fórum se propõe a debater as implicações teóricas e metodológicas da persistência e visibilidade do fator religião na cena cultural e sociopolítica contemporânea e a analisar controvérsias e conflitos associados ao engajamento de atores religiosos em várias formas de ação coletiva, em especial na política e na organização partidária, nas campanhas eleitorais, na produção legislativa e nos parlamentos, no judiciário, nas mídias, nas relações de gênero, em manifestações no espaço público, na cidadania, nos direitos humanos e na democracia. Pretende discutir a reconfiguração do secularismo brasileiro ou da relação entre religião e esfera pública, tendo em vista a crescente presença e influência de novos atores religiosos, sobretudo de pentecostais, na arena pública, e examinar como incorporam seus repertórios religiosos ao campo semântico secular, acionam convicções na linguagem jurídico-política dos direitos reconhecidos e contribuem para remodelar a matriz que orienta e dá sentido a práticas discursivas que dizem respeito ao cívico no Brasil.

1ª Sessão: Reconfigurações do secularismo brasileiro
Dia 25/10, terça-feira, das 20h30 às 22h00, sala 22 – Hotel Palace

Coordenadores de sessão: Paula Montero (USP, Cebrap) e Carlos Eduardo Valente Dullo (UFRGS)

Expositores:

O que a publicidade faz da religião: neopentecostalismo e visibilidade pública
Paula Montero (USP, Cebrap)

Pensando sobre “ministérios”: mídia, pentecostalismo, política e as formações do secular
Carly Barboza Machado (UFRRJ)

Controvérsias públicas: multiplicando perspectivas sobre religião e política
Carlos Eduardo Valente Dullo (UFRGS)

O corpo secular: igrejas evangélicas e o debate público sobre direitos reprodutivos
Jacqueline Teixeira (USP, Cebrap)

 

2ª Sessão: Pluralismo, emergência pública da religião e laicidade
Dia 26/10, quarta-feira, das 19h30 às 21h00, sala 22 – Hotel Palace

Coordenadores de sessão: Ricardo Mariano (USP) e Ari Pedro Oro (UFRGS)

Expositores:

Paradoxos e afinidades entre religião e direitos humanos
André Ricardo de Souza (UFSCar)

Intolerância religiosa: produção e reversão de argumentos
Christina Vital da Cunha (UFF)

Grupos cristãos e o ataque à perspectiva de gênero no Brasil
Maria das Dores Campos Machado (UFRRJ)

Evangélicos e direitos humanos no Congresso Nacional
Ricardo Mariano (USP)

 

3ª Sessão: Religião e teoria social num mundo em crise

Coordenadores de sessão: Joanildo A. Burity (Fundaj) e Paulo Gracino de Souza Junior (Iuperj)
Dia 27/10, quinta-feira, das 18h00 às 19h30, sala 22 – Hotel Palace

Expositores:

Culturas juvenis católicas na Jornada Mundial da Juventude: expressividades e performances no espaço religioso
Flávio Munhoz Sofiati (UFG)

Pluralismo religioso e hegemonia: estratégias de análise das identidades e práticas religiosas a partir da Teoria Política do Discurso
Gustavo Gilson Sousa de Oliveira (UFPE)

Globalização e redes ecumênicas de ativismo social
Joanildo A. Burity (FUNDAJ)

Laços sem nós: mercado e adesão religiosa segundo a teoria de Mark Granovetter
Fabrício Roberto Costa Oliveira (UFV) e Paulo Gracino Junior (Iuperj, UFV)

 

 

FR4 - Crime, Polícia e Segurança Pública no Brasil ( ANPOCS e FBSP)

Coordenação: Renato Sérgio de Lima (FBSP e FGV/SP) e Rodrigo Ghiringhelli de Azevedo (FBSP e PUCRS)

1ª sessão: Para Além do Gerencialismo: barreiras para a modernização da segurança pública e o que dizem os dados sobre violência e punição no Brasil
Dia 25/10, terça-feira, das 20h30 às 22h00, sala 20 – Hotel Palace

Coordenador de sessão: Rodrigo Ghiringhelli de Azevedo (PUCRS, FBSP e INCT-Ineac)

Expositores:

Governança das Políticas Públicas de Segurança no Brasil: plausibilidade, aceitabilidade e efeitos não-antecipados
José Luiz de Amorim Ratton Junior (UFPE)
Financiando a eficiência democrática na segurança pública brasileira
Úrsula Dias Peres (USP)
Oposição ou Comunhão? Os paradoxos da relação simbiótica entre a administração prisional e o PCC
Camila Nunes Dias (UFABC)

2ª sessão: A garantia da “ordem pública”: administração de conflitos, seletividade e organização das instituições policiais no Brasil
Dia 26/10, quarta-feira, das 19h30 às 21h00, sala 20 – Hotel Palace

Coordenador de sessão: José Luiz Ratton (UFPE e FBSP)

Expositores:

Polícia, militarismo e democracia
Michel Misse (UFRJ)
A questão racial no controle do crime: dados, teoria e política
Jacqueline Sinhoretto (UFSCar)
Democracia em Suspenso – Demanda Punitiva e Administração da Justiça Penal no Brasil
Rodrigo Ghiringhelli de Azevedo (PUCRS)

Coordenação: Renato Sérgio de Lima (FBSP e FGV/SP)

1ª sessão: Para Além do Gerencialismo: barreiras para a modernização da segurança pública e implementação de políticas eficazes de redução da violência letal
Dia 25/10, terça-feira, das 20h30 às 22h00, sala 20 – Hotel Palace

Coordenador de sessão: Renato Sérgio de Lima (FBSP e FGV/SP)

Expositores:

Violência e Insegurança: notas sobre um dilema político
Arthur Trindade Maranhão Costa (UnB)

Governança das Políticas Públicas de Segurança no Brasil: plausibilidade, aceitabilidade e efeitos não-antecipados
José Luiz de Amorim Ratton Junior (UFPE)

Financiando a eficiência democrática na segurança pública brasileira
Úrsula Dias Peres (USP)

 

2ª sessão: A garantia da “ordem pública”: administração de conflitos, seletividade e organização das instituições policiais no Brasil
Dia 26/10, quarta-feira, das 19h30 às 21h00, sala 20 – Hotel Palace

Coordenador de sessão: Rodrigo Ghiringhelli de Azevedo (PUCRS)

Expositores:

Polícia, militarismo e democracia
Michel Misse (UFRJ)

Estudos comparados em administração institucional de conflitos
Roberto Kant de Lima (UFF)

Violência, democracia e segurança cidadã
Sérgio Adorno (NEV/USP)

 

3ª sessão: Verdades Translúcidas: o que dizem os dados sobre violência e punição no Brasil
Dia 27/10, quinta-feira, das 18h00 às 19h30, sala 20 – Hotel Palace

Expositores:

Relações entre superencarceramento e incidência criminal: a persistência de velhas fórmulas
Renato Campos de Vitto (Defensoria Pública de São Paulo)

Oposição ou Comunhão? Os paradoxos da relação simbiótica entre a administração prisional e o PCC
Camila Nunes Dias (UFABC)

A questão racial no controle do crime: dados, teoria e política
Jacqueline Sinhoretto (UFSCar)

 


> Seminários Temáticos (STs)

Clique no título para ver os STs

 


 

> Simpósios de Pesquisas Pós-Graduadas (SPGs)
Clique no título para ver os SPGs

 


 

Para obtenção de certificado de participação no curso é obrigatória a inscrição no evento. O controle será feito exclusivamente mediante lista de presença em cada aula. Os certificados serão emitidos somente após o evento.

 

CS01 - "Reinventando os Clássicos"

Aula 1
Título: O Ensaio sobre a Dádiva quase um século
Dia 25/10, terça-feira, 19h30 às 21h00

Ministrante: Maria Rosário Gonçalves de Carvalho (UFBA)

Maria Rosário Gonçalves de Carvalho é doutora em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo. Professora Titular da Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Departamento de Antropologia e Etnologia. Bolsista de Produtividade de Pesquisa do CNPq.Coordena o Programa de Pesquisas Sobre Povos Indígenas do Nordeste Brasileiro (PINEB) e o Fundo de Documentação Histórica Manuscrita sobre Índios da Bahia (FUNDOCIN), juntamente com Pedro Agostinho. Tem se dedicado especialmente aos temas da identidade, etnicidade e relações raciais.

Ementa: Para Italo Calvino, “Toda releitura de um clássico é uma leitura de descoberta como a primeira” (1993, p. 11). A aula que eu ministrarei no minicurso sobre “Clássicos”, no 40º Encontro Anual da Anpocs, que acontecerá de 24 a 28 de outubro de 2016 na cidade de Caxambu, MG, buscará preservar esse espírito de redescoberta em relação ao “Ensaio sobre a Dádiva. Forma e razão de troca nas sociedades arcaicas”. Transcorrido quase um século da sua primeira edição, ele continua a desafiar as interpretações até então elaboradas e a suscitar novas descobertas. Proponho, à guisa de roteiro, retomá-lo de acordo com a sua estrutura original, composta de uma Introdução (da Dádiva e em Particular, da Obrigação de Retribuir os Presentes); quatro capítulos e uma conclusão. Atenção preliminar será conferida às estrofes do Havamal, coleção de formas poéticas do escandinavo antigo, com o mesmo intuito declarado por Mauss, i.e., colocar diretamente o leitor “na atmosfera de ideias e fatos em que sua demonstração se movimentará” (O Ensaio ..., 1974. p. 39 ). Na sequência, a atenção se deslocará para o regime de direito contratual e para o sistema de prestações econômicas, aos quais Mauss denomina fenômenos sociais totais. Uma vez explicitados os princípios que presidem a troca de presentes entre os homens, tratar-se-á do presente feito aos deuses. Na 2ª. parte, o foco incidirá sobre a recepção de o Ensaio através do concurso de um conjunto de autores que se detiveram sobre o Ensaio e produziram insigts especialmente instigantes, entre os quais Claude Lévi-Strauss, Marshall Sahlins, Pierre Bourdieu, J.T. GODBOUT, A. Caillé, L. Dumont, L. Sigaud e outros tantos autores que serão postos em diálogo crítico-comparativo.

Bibliografia sugerida:

BOURDIEU, Pierre. Marginalia. Algumas notas adicionais sobre o dom. Mana vol.2 no.2 Rio de Janeiro Oct. 1996, p. 7-20.

DUMONT, Louis. Marcel Mauss: uma ciência em devenir. O Individualismo uma perspectiva antropológica da ideologia moderna. Rio de Janeiro: Rocco, 1895, p. 179-199.

LÉVI-STRAUSS, C. Introdução A Obra de Marcel Mauss. Sociologia e Antropologia. São Paulo: EPU, 1974, p. 1-48.

MAUSS, Marcel. Ensaio sobre a Dádiva forma e razão de troca nas sociedades arcaicas”, Sociologia e Antropologia. São Paulo: EPU, 1974.

SAHLINS, Marshall. 1974 [1970]. “The Spirit of the Gift”. Stone Age Economics. London: Tavistock.

 




Aula 2.
Título: Entre a racionalização da conduta e a efervescência coletiva: razão e emoção no estudo dos movimentos sociais - perspectivas clássicas e contemporâneas
Dia 26/10, quarta-feira, 19h30 às 21h00

Ministrante: Marcelo Kunrath Silva (UFRGS)

Marcelo Kunrath é professor do PPG em Sociologia (UFRGS) e o PPG em Desenvolvimento Rural (UFRGS). Tem experiência na área de Sociologia Política, com o desenvolvimento de pesquisas nos seguintes temas: democracia, cidadania, conflitualidade, participação social, orçamento participativo, conselhos de políticas públicas, associativismo, movimentos sociais e engajamento militante. Coordena o Grupo de Pesquisa Associativismo, Contestação e Engajamento. Integra o Conselho Fiscal da ANPOCS na gestão 2015-2016. De seus trabalhos, cita-se algumas publicações abaixo:

NAUJORKS, Carlos José; SILVA, Marcelo Kunrath. Correspondência identitária e engajamento militante. Civitas: Revista de Ciências Sociais (Impresso), v. 16, p. 136-152, 2016.
BAIOCCHI, Gianpaolo; HELLER, Patrick; SILVA, Marcelo Kunrath. Bootstrapping Democracy: transforming local governance and civil society in Brazil. Stanford: Stanford University Press, 2011.
SCHMITT, Cláudia Job; SILVA, Marcelo Kunrath . Das relações Estado/Mercado/Sociedade Civil aos campos de ação estratégica: uma análise das organizações de movimentos sociais na implementação do Programa de Aquisição de Alimentos. In: Flávia Charão Marques; Marcelo Conterato; Sérgio Schneider. (Org.). Construção de Mercados e Agricultura Familiar: desafios para o desenvolvimento rural. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2016. SILVA, Marcelo Kunrath. Atores, Espaços e Repertórios: a atuação dos movimentos sociais através das fronteiras da sociedade civil e do Estado. In: Ilse Scherer-Warren; Lígia Helena Hahn Lüchmann. (Org.). Movimentos Sociais e Engajamento Político: trajetórias e tendências analíticas. Florianópolis: Editora UFSC, 2015.

 

Ementa: O campo de estudos de movimentos sociais assiste, nas últimas duas décadas, a uma crescente problematização do predomínio de uma perspectiva excessivamente racionalista no estudo das ações individuais e coletivas. Tal problematização abriu oportunidades para a retomada de um tema que esteve praticamente ausente das análises sobre os processos de organização e de mobilização social realizadas por pesquisadores daquele campo de estudos: as emoções. O objetivo desta aula é, a partir do diálogo com os argumentos clássicos da "racionalização da conduta" de Max Weber e da "efervescência coletiva" de Émile Durkheim, discutir as relações entre razão e emoção na análise dos movimentos sociais.

 

Bibliografia sugerida:

DURKHEIM, Émile. As Formas Elementares da Vida Religiosa: o sistema totêmico na Austrália. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

GOODWIN, Jeff; JASPER, James M.; POLLETTA, Francesca (eds.). Passionate Politics: Emotions and Social Movements. Chicago: The University of Chicago Press, 2001.

JASPER, James. Las emociones y los movimientos sociales: veinte años de teoría e investigación. Revista latinoamericana de estudios sobre cuerpos, emociones y sociedad, 3(10), pp. 48-68, 2012.

VAISEY, Stephen. Socrates, Skinner, and Aristotle: Three Ways of Thinking About Culture in Action. Sociological Forum, 23(3): 603-613, 2008.

WEBER, Max. A Ética Protestante e o "Espírito" do Capitalismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.

 




Aula 3.
Título: Clausewitz e o Da Guerra
Dia 27/10, quinta-feira, das 18h00 às 19h30

Ministrante: Eugênio Diniz (PUC Minas)

É Professor Adjunto III do Departamento de Relações Internacionais da PUC Minas; parecerista da Fapesp e parecerista da Revista Brasileira de Política Internacional (0034-7329), da Contexto Internacional (0102-8529) e da Cena Internacional (UnB). Desenvolve pesquisas na área de Política de Defesa, com ênfase em Estudos Estratégicos e Teoria da Guerra, atuando principalmente nos seguintes temas: Estudos Estratégicos, Política Internacional, Teoria das Relações Internacionais, Política de Defesa e Teoria da Guerra. Cita-se a seguir, algumas publicações dentre outras:

DINIZ, Eugenio. (no prelo). "Armamentos Nucleares: Dissuasão e Guerra Nuclear Acidental". Aceito para publicação em Carta Internacional em 1º de julho de 2016;

COSTA, Eugenio Pacelli Lazzarotti Diniz and Baccarini, Mariana (2014). "UN Security Council decision-making: testing the bribery hypothesis". Revista Brasileira de Política Internacional., Dec 2014, vol.57, no.2, p.29-57.

DINIZ, E. and D. Proença (2014). "A Criterion for Settling Inconsistencies in Clausewitz’s On War." Journal of Strategic Studies 37(6-7): 879-902.

 

Ementa: O Contexto Histórico: A Prússia e as Guerras da Revolução Francesa; Clausewitz, Scharnhorst e o Exército Prussiano. O Contexto Intelectual: O Surgimento da Ciência Moderna; Jomini e a Ciência da Guerra; Kant e o Idealismo Alemão. Da Guerra, de Carl von Clausewitz: O Estado Inacabado da Obra; O Problema da Interpretação; O Percurso da Obra; Ideias Principais.

Bibliografia sugerida

DINIZ, E. and D. Proença (2014). "A Criterion for Settling Inconsistencies in Clausewitz’s On War." Journal of Strategic Studies 37(6-7): 879-902.

DINIZ, Eugenio (2010). “Clausewitz”. in: Medeiros, Marcelo de Almeida; Villa, Rafael Duarte; Costa Lima, Marcos; Reis, Rossana Rocha (orgs.). (2010). Clássicos das Relações Internacionais. São Paulo, Hucitec. Cap. 7. pp. 152-184.

PARET, Peter (1985). Clausewitz and the State: The Man, His Theories, and His Times. Princeton (NJ), Princeton University Press.

CLAUSEWITZ, Carl von (1984). On War (edited and translated by Michael Howard and Peter Paret). Princeton (NJ), Princeton University Press.

CLAUSEWITZ, Carl von (1994). A Campanha de 1812 na Rússia. São Paulo, Martins Fontes.

ARON, Raymond (1986). Pensar a Guerra, Clausewitz. Vol. I: A Era Europeia. Brasília, Editora Universidade de Brasília.

BELLINGER, Vanya Eftimova (2016). Marie von Clausewitz: The Woman Behind the Making of On War. Oxford, Oxford University Press.

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> CS02 - Minicurso: Introdução ao uso de Bancos de Dados 
* Os certificados deste curso serão emitidos pelo Consórcio de Informações Sociais (CIS) após o evento. O controle será feito por lista de presença.

Dia 25/10, terça-feira, das 18h00 às 20h00. Sala 20 – Hotel Palace

Ministrantes: Laís Marachini (CIS/USP) e Leilor Miranda Soares (CIS/USP)

Objetivo Geral: Discutir a importância do compartilhamento de banco de dados nas pesquisas de Ciências Sociais, apresentar o acervo público de dados do CIS e estimular o seu uso para a realização de investigações sobre a sociedade brasileira.

Objetivos Específicos: Divulgar procedimentos para cadastro, acesso e consulta ao acervo do CIS; mostrar algumas análises descritivas (frequências, cruzamentos de variáveis) e formas de apresentação dos dados (gráficos e tabelas); fornecer, com exemplos práticos, noções gerais de como utilizar um banco de dados já existente para a realização de uma nova investigação empírica.

 

Tópico 1
Acesso ao CIS e utilização dos bancos de dados do acervo

- Apresentação do CIS: objetivos e atividades;
- O que é um banco de dados e qual a sua utilidade;
- A estrutura dos bancos de dados e os tipos de programas utilizados para armazenar dados;
- Exemplos de bancos de dados disponíveis no acervo do CIS;
- Navegando no site do CIS: como se cadastrar no CIS e realizar consultas no acervo, acessando os bancos de dados, questionários, livros de código e literatura disponíveis;
- Exemplos de manuseio dos dados de um banco de dados em Excel e SPSS: edição, filtragem, seleção, recodificação;
- Explorando um banco de dados em SPSS: frequências, estatísticas descritivas e cruzamento de variáveis em tabelas;
- Criando e editando gráficos em Excel e SPSS.

 

Tópico 2
Bancos de dados e a produção de conhecimento: Panorama e Exemplos

- A finalidade do banco de dados nas pesquisas; por que, quando e como usá-los;
- O roteiro de uma pesquisa: escolha do tema, identificação do problema, proposição da hipótese, definição das variáveis e coleta dos dados;
- Exemplo prático do uso de um banco de dados na resolução de um problema de pesquisa: refazendo o trajeto de um estudo científico.
- Exemplos de análises alternativas com um mesmo banco de dados.

 

Site de referência: Consórcio de Informações Sociais (CIS), www.cis.org.br, 2015.

 

 


Simpósios (SP)

SP1 - Simpósio de Conjuntura
1ª sessão: Conjuntura política
Dia 25/10, terça-feira, das 20h30 às 22h00, sala 1 – Hotel Glória

O ano de 2016 será lembrado como o do impeachment da presidente Dilma Rousseff, primeira mulher a governar o Brasil. Para além disso, porém, foi também um ano marcado pelo ápice de transformações na atuação dos atores do sistema de justiça, pelo recrudescimento das ações repressivas sobre manifestantes de esquerda, pelo avanço triunfante do conservadorismo político e pela transformação do PMDB no sócio majoritário da coalizão de governo, em vez de “apenas” seu aliado primordial. As eleições municipais também refletiram essa mudança de cenário.

Coordenação: José Ricardo Ramalho (UFRJ)
Expositores: Luis Felipe Miguel (UnB), Maria Izabel Noll (UFRGS), Brasílio Sallum Jr. (USP)

 

2ª sessão: Conjuntura econômica
Dia 26/10, quarta-feira, das 19h30 às 21h00, sala 1 – Hotel Glória

Não há como dissociar a brutal crise econômica vivida pelo Brasil da perda de apoio político e popular que culminaram no impeachment presidencial. A piora de quase todos os indicadores econômicos – talvez com a parcial exceção da balança comercial, impulsionada pela desvalorização cambial – transformaram 2016 num ano desanimador, abrindo espaço para a proposição de guinadas radicais em diversas orientações de política econômica seguidas nos últimos anos. Não obstante a sinalização de mudanças profundas por parte do novo governo – como a reforma previdenciária, a criação de um limite constitucional de gastos e alterações na legislação trabalhista –, a coalizão governante tem dificuldades para convencer sua própria base sobre a necessidade das mudanças, enquanto a oposição a elas cresce tanto entre os antigos ocupantes do governo, como entre setores organizados da classe trabalhadora.

Coordenação: Cláudio Couto (FGV-SP)
Expositores: Luiz Fernando de Paula (Uerj), Marcos Fernandes (FGV-SP), Flávia Chein (UFJF)

 

3ª sessão: Conjuntura social
Dia 27/10, quinta-feira, das 18h00 às 19h30, sala 1 – Hotel Glória

A mesa abordará o ciclo de mobilizações sociais iniciado no Brasil em 2013, suas condicionantes e desdobramentos. Trata-se de discutir o fenômeno a partir de diferentes disciplinas e adotando focos complementares. Regina Novais discorrerá sobre o perfil da juventude contemporânea que tem comparecido aos protestos; Breno Bringel tratará da dinâmica dos protestos e dos movimentos sociais organizados que deles tomam parte e Michel Misse discutirá a maneira pela qual a polícia, como instituição, vem lidando com uma sociedade mobilizada. Antonio Carlos de Souza Lima fechará a sessão, comentando as exposições antecedentes.

Coordenação: Ângela Alonso (USP)
Expositores: Breno Bringel (Iesp-Uerj), Michel Misse (UFRJ), Regina Novaes (UFRJ)
Debatedor: Antonio Carlos de Souza Lima (MN/UFRJ)

 



SP2 - Rumos contemporâneos da sociologia brasileira
Coordenação: Sergio Miceli (USP), Carlos Benedito Martins (UnB)

O simpósio tem o propósito de avaliar tais impactos institucionais na configuração intelectual e acadêmica da sociologia brasileira no momento atual. A análise da produção contemporânea da sociologia no país será empreendida por meio da conexão entre dois eixos estruturadores que irão operar de forma simultânea: primeiro, o recorte de alguns domínios temáticos da sociologia, nos quais são palpáveis a invenção intelectual e a imaginação sociológica; segundo, pela interlocução compulsória entre sociólogos pertencentes a gerações distintas. Em vista das limitações estruturais de financiamento e de espaço físico para a análise exaustiva da sociologia brasileira, selecionamos alguns campos temáticos nos quais identificamos vertentes significativas de uma produção inovadora e dotadas de alta qualidade intelectual, quer em termos de rastreamento empírico, quer no tocante à assimilação original de paradigmas teóricos internacionais. Adiante, conforme as circunstâncias, outras áreas poderão ser incorporadas neste empreendimento de prospecção da sociologia brasileira. Neste simpósio deverão ser contempladas as seguintes áreas: sociologia econômica (incluindo sociologia do trabalho), sociologia da cultura, sociologia da violência (direito, prisões, drogas, polícias, etc.), sociologia política, relações de gênero (incluindo queer studies) e sociologia reflexiva (sociologia da sociologia). O simpósio contará com a participação de jovens doutores com contribuição destacada nas áreas selecionadas, na qualidade de autores-expositores das análises de balanço e de interpretação nos campos temáticos já referidos, e de sociólogos veteranos que desempenharam papel de relevo na configuração intelectual e nos processo de institucionalização da sociologia brasileira contemporânea. Os textos de base deverão encetar uma caracterização adensada da sociologia brasileira recente, ressaltando perfis teóricos, metodológicos e empíricos. Os trabalhos apresentados e os comentários circunstanciados serão editados no livro Rumos contemporâneos da sociologia brasileira (título provisório).

1ª sessão : Dia 25/10, terça-feira, das 20h30 às 22h00, sala 6 – Hotel Glória
Coordenador de sessão: Sergio Miceli (USP)
Expositores: André Nahoum (Cebrap), Renato Perissinotto (UFPR), Adriano Codato (UFPR)
Debatedores: Roberto Grun (UFSCar), Maria Alice Rezende de Carvalho (PUC Rio)

2ª sessão: Dia 26/10, quarta-feira, das 19h30 às 21h00, sala 6 – Hotel Glória
Coordenador de sessão: Carlos Benedito Martins (UnB)
Expositores: Marcelo da Silveira Campos (UFGD), Isadora Lins França (Unicamp) e Regina Facchini (PAGU/Unicamp)
Debatedores: Marcos Cesar Alvarez (USP) e Bila Sorj (UFRJ) 

3ª sessão: Dia 27/10, quinta-feira, das 18h00 às 19h30, sala 6 – Hotel Glória
Coordenador de sessão: Sergio Miceli (USP)
Expositores: Dmitri Cerboncini Fernandes (UFJF), Luiz Carlos Jackson (USP)
Debatedores: Fernando Pinheiro (USP), Maria Arminda do Nascimento Arruda (USP)

 


Imagem e Som

 

Ensaios Fotográficos (EX)

A 4º Conferência Nacional das Mulheres e a presença masculina
Jaqueline Barbosa Pinto Silva (MS/UnB) e Vanessa Patrícia Machado Silva (MS/UnB) 2016 Brasília/DF

A gente não é contra o progresso, a gente é contra a forma como está sendo feito.
Anelise dos Santos Gutterres (PD/MN-RJ), 2012 , Rio de Janeiro

A intransigência da lembrança - Diversidade e desvelo na ritualização da morte.
Paulo Menezes (USP) e Ana Lucia Teixeira (Unifesp), 2012-2015. Vários locais.

Brincando com Fogo: Ensaio Fotográfico da Guerra de Espadas de Senhor do Bonfim
Rodrigo Gomes Wanderley (UnB), 2015 - Senhor do Bonfim/BA

Do Togo ao Brasil
Sylvia Caiuby Novaes (USP), 2016 Hotel Cambridge, São Paulo

Força Encantada, Dança, Festa e Ritual entre os Pankararu
Renato Athias (UFPE) & Sarapó Pankararu (s/instituição), 2016 Recife

Improvisos, Sombras, Rastros – A Dança que Ultrapassa o Corpo
Caio Bruno Silva do Carmo (UFPI) & Igor Dreidy de Sousa Moraes (UFMG), 2016. Teresina, PI.

Manifestações de rua de 18 06 2013 em SP/SP
Mario Baldini e Maria do Socorro Silva Baldini (s/instituição) 

No toque do damam: superando divisões religiosas internas, conquistando direitos específicos
Andreas Hofbauer (Unesp), 2013 (fev, abril; nov, dez); 2016 (abril, maio), Uttara Kannada (regiões Haliyal, Yellapur), Karnataka; Índia

O alter ego de Hildegard Rosenthal, artista imigrante - duplos em diálogo com a fotografia contemporânea
Yara Schreber Dines (USP)

Obrigação de Obaluaê no Terreiro Icimimó Aganjú Didê (Cachoeira/BA)
Marília Flores Seixas de Oliveira (UESB), Orlando José Ribeiro de Oliveira (UESB) e Clara Flores Seixas de Oliveira (UESB), 2014/2015. Cachoeira/ BA

Os ritmos de construção destrutiva e de destruição construtiva nos tempos de Copa em Porto Alegre. Oficina de etnografia de rua e de etnofotografia no Navisual
Núcleo de Antropologia Visual (NAVISUAL/PPGAS/UFRGS), 2013 a 2015, Porto Alegre/RS

Tempo das águas
Fernando Monteiro Camargo (Unifesp), 2016 , Piracicaba/SP

Terreiro é bom para comer, terreiro é bom para pensar: considerações antropológicas sobre alimentação, estética e cuidado em terreiros de Candomblé.
Sara Godoy Brito (New School of Public Engagement), Ana Carolina Fernandes (DAN/UnB) e Marcos Junior Santos de Alvarenga (DAN/UnB), 2016, Sobradinho (DF) e Águas Lindas (GO)

 

 

Mostra de Filmes (MF)

1ª Sessão
Dia 25/10, terça-feira, das 19h30 às 22h00

Soul na rua: Performance e afirmação de identidade na cena cultural de Belo Horizonte
Junia Miranda Carvalho PPGCS /PUC Minas, 2015, 22min. Belo Horizonte, MG.

Sinopse: Esta videoetnografia propõe mostrar como o Grupo de Dança Soul realiza suas performances no centro da capital mineira nos finais de semana. O documentário é um curta metragem que se constrói a partir do próprio evento e da perspectiva dos integrantes do grupo. Resultou do trabalho de campo de doutorado que realizei entre 2013 e 2015 no Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais da PUC Minas. Embora o vídeo não fosse um dos objetivos inicias do projeto, a performance dos dançarinos de Soul nas ruas e ricas interações sociais envolvidas, além de movimentos, cores, sons, música e outros elementos visuais me levaram a editar o curta com parte do material gravado durante a pesquisa de campo. O vídeo foi editado junto com a Jornalista Rebeca Penido, em 2015. O Grupo de Dança Soul é composto por alguns DJs que se revezam nos finais de semana de cada mês e por dançarinos em torno dos 50 e 60 anos de idade que se apresentam vestidos à moda do Soul norte-americano dos anos 70. Fãs de James Brown, eles impressionam pelos passos de dança, pela disposição e pela resiliência, pois enfrentam muitas barreiras para ocupar este espaço público na cena cultural de Belo Horizonte desde 2004.

 

As vozes do samba
Lisabete Coradini e Maria Angela Pavan, NAVIS/PPGAS/UFRN, 2015, 20min. Natal, RN

Sinopse: Dona Renilda, Dorinha, Dalva , Leda e Auxiliadora. Elas são as guardiãs das memórias do samba local. Além de detentoras da história, tem papel ativo desde o início na construção das escolas de samba em Natal/RN. Para realizar o documentário nos envolvemos com os acontecimentos locais durante quatro anos. E desta forma construímos um arquivo de fatos e entrevistas para documentação da história do samba. Entre lembranças, fotos, imagens e músicas nos relacionamos no espaço-tempo de cada entrevistada e o audiovisual permitiu esta relação intensa, que possibilitou um conhecimento ativo na vida das mulheres do samba das Rocas em Natal/RN/Brasil.

 

Fabrik funk
Alexandrine Boudreault-Fournier, Rose Satiko Gitirana Hikiji e Sylvia Caiuby. LISA/USP, 2015, 25min. São Paulo, SP

Sinopse: Karoline é uma jovem que deseja uma vida mais interessante que seu cotidiano em uma central de telemarketing. Nas ruas de Cidade Tiradentes, o maior conjunto habitacional popular da América Latina, Karoline corre atrás do sonho de ser uma MC, neste lugar que é conhecido como uma Fábrica de Funk. O filme é uma etnoficção que aborda o universo do Funk, prática que envolve música, dança, tecnologia, moda, consumo, e que se tornou um dos principais fenômenos culturais da juventude no Brasil. Fabrik Funk (25 min., 2015) é resultado de uma colaboração entre antropólogas da Universidade de São Paulo e da University of Victoria com moradores de Cidade Tiradentes, que atuam de diferentes maneiras na cena artística deste distrito. Gravado em junho e julho de 2014, em Cidade Tiradentes/SP, e editado entre São Paulo/Brasil e Victoria/Canadá, em 2014 e 2015, o filme contou com apoio da FAPESP e da UVIC.

 

 




2ª Sessão
Dia 26/10, quarta-feira, das 19h30 às 22h00

Morar na ‘Casa do Povo’
De Josep Juan Segarra PPCIS / Uerj; PPGA/UFRGS, 2016, 30 min. Porto Alegre, RS

Sinopse: Filme sobre a Ocupação da Câmara de Vereadores de Porto Alegre protagonizada pelo Bloco de Lutas pelo Transporte Público de Porto Alegre entre os dias 10 e 18 de julho de 2013. O filme entra na Câmara de Vereadores para observar como foi Ocupada e quais eram as pautas defendidas: Passe Livre rumo à Tarifa Zero, Abertura das contas das empresas de ônibus e quebra do sigilo bancário dos empresários. Vemos como a partir do trabalho de base, focado na discussão das pautas e das estratégias nas assembleias, um movimento social muito heterogéneo conseguiu organizar a sua unidade de ação e colocar as pautas do transporte público nas agendas políticas em Porto Alegre. A Ocupação se apresenta como uma ação direta produtiva na hora de tecer redes pessoais e politicas mas o trabalho politico ao redor dos projetos de lei do Bloco acabou quando a Câmara foi desocupada. Os vereadores governistas primeiro aceitaram veicular os projetos de lei do Bloco, para conseguir a desocupação da Câmara, e depois se limitaram a tentar criminalizar os ocupantes na CPI “da invasão”. A Câmara foi desocupada a partir de uma forma conciliativa de resolver o conflito no que poderíamos considerar como um exercício de “harmonia coerciva” (Nader, 1994). A forma do filme procura estar adaptada ao seu campo de pesquisa, sendo construído a partir de imagens de procedências diversas e cine-debates, numa forma de antropologia publica (Fassin, 2013) e compartilhada (Rouch e Morin, 1962) ou colaborativa, que inspirou o conceito de “camadas de autoria” (Segarra, 2015).

 

Intolerâncias da Fé
Alexandre Branco, Fernando Sousa e Taís Capelini, PPGCS/Uerj , Canal Futura, 2015, 16min. Rio de Janeiro, RJ

Sinopse: A partir do depoimento de pesquisadores, lideranças religiosas e praticantes de religiões afro brasileiras, Intolerâncias da Fé pretende retratar os conflitos religiosos ocorridos no espaço público e problematizar o tratamento conferido a estes conflitos pela sociedade e por instituições como a escola e a polícia. Os episódios de intolerância religiosa e a exposição de aspectos da luta histórica dos adeptos das religiões de matriz africana e brasileira por legitimação e reconhecimento mostram que “ninguém quer ser tolerado”, e sim respeitado.

 

Indígenas na cidade de Manaus
José Carlos M. Pereira, PPGAS/MN/UFRJ, 2016, 22min. Manaus, AM

Sinopse: Neste documentário apresentamos os mecanismos sociais que permitem aos indígenas manterem os laços sistemáticos com a aldeia e a afirmação de sua identidade étnica na cidade. Preservar aspectos do modo de vida apreendido na aldeia: o uso da língua e dos rituais, socializar os filhos com as lendas e danças, fazer o artesanato, praticar os hábitos alimentares, receber os parentes vindos para a cidade e manter contato sistemático com a parentela que ainda mora na aldeia são indicadores do pertencimento étnico. O que implica na organização indígena em torno das associações étnicas, multiétnicas e de gênero e à luta por políticas diferenciadas no contexto urbano. Essas situações contradizem o suposto desaparecimento indígena dos cômputos populacionais e revelam, em contrapartida, a necessidade de políticas públicas tomando por base as reivindicações identitárias. Trata-se de uma identidade dinâmica que se atualiza diante dos pedidos da vida citadina na contemporaneidade, onde os indígenas estão adaptando sua cultura de forma criativa por meio de estratégias por eles definidas. Não estão, com isso, querendo se transformar em brancos. Esses são aspectos relevantes das múltiplas etnias que vivem na cidade de Manaus (AM), na Amazônia brasileira.

 

 




3ª Sessão
Dia 27/10, quinta-feira, das 8h30 às 12h00

O Legado da Capivara
Gabriel Banaggia, PPGAS/MN/UFRJ, 2016. 30min. Lençóis, BA

Sinopse: ‘O Legado da Capivara’ traz histórias do jarê, uma religião de matriz africana aparentada ao candomblé mas existente somente na Chapada Diamantina, no interior da Bahia. Realizado a pedido da associação que congrega o povo de santo do terreiro mais importante da cidade de Lençóis, o documentário traça a vida de seu fundador e o destino que sua casa de culto, erigida às margens do Rio Capivara, toma após seu falecimento.

 

Memórias retomadas
João Martinho de Mendonça, PPGA/UFPB, 2015, 23’15’’Min. Rio Tinto/Baía da Traição, PB

Sinopse: Há mais de 400 anos os Potiguara têm desenvolvido contatos, conflitos e alianças com os “brancos” que chegaram de outras terras. Neste vídeo, índios das aldeias de Monte-Mór e do Alto do Tambá, nas cidades de Rio Tinto e Baía da Traição (Paraíba), narram as memórias de suas lutas recentes pela própria terra e refletem sobre o sentido das imagens fílmicas. Parte do projeto “Acervos, memórias e antropologia visual”, o filme demostra a articulação de narrativas em torno da demarcação da Terra Indígena Potiguara de Monte-Mór e de seu líder, o Cacique Vado (1945-2004), com base na recuperação de uma memória visual referente aos índios Potiguara do Litoral Norte da Paraíba.

Meio Fio
Coletivo Olhares - João Diaz, Luã Leal e Sergio Faria , CPDOC/FGV-RJ, 2016. 22 min. Rio de Janeiro, RJ

Sinopse: Um ensaio documental sobre artistas de rua no Rio de Janeiro e uma busca pelos momentos de experiência estética criados, a alguns passos do meio-fio, durante os encontros inesperados na interação entre artista e público. Luiz, escultor de areia brasileiro, Dregis, malabarista mexicana, e Rommel, músico e artesão peruano: três protagonistas anônimos das ruas cariocas que, embora sem se conhecerem, compartilham as ruas como espaços artísticos e fazem das calçadas os palcos da vida. Em meio ao agitado caos urbano, a arte ainda pode ser o desvio capaz de trazer a vida de volta à cidade? Como um mergulho do ponto de vista da câmera e do espectador na experiência sensível de quem faz e de quem assiste à arte de rua, “Meio-Fio” é um curta que provoca reflexões a partir de encontros. A tela, assim como a rua nas metrópoles, permite aproximar distantes e tecer diálogos inesperados. Embora envolta em uma rotina maquinal, a vida nas cidades, tema de reflexão sociológica e de inspiração cinematográfica, ainda torna possível raros momentos para respirar sensações e experiências estéticas únicas. Quem está passando pela rua, de repente, torna-se público de uma apresentação de artistas em um palco improvisado: a calçada vira tablado e a arquitetura urbana, cenário.

 

 


Workshop (WS)

WS1 - Acesso, difusão e memória: o caso da Brasiliana Fotográfica
Dia 25/10, terça-feira, das 18h00 às 20h00, sala 7 – Hotel Glória

Ministrante: Roberta Zanatta (Instituto Moreira Salles)

A disponibilização de acervos em repositórios digitais on-line tem se tornado prática frequente em museus e em centros de memória e documentação. Com a ampliação do acesso a tecnologias antes caras e restritas, como a digitalização de documentos, cada vez mais instituições tem conseguido entrar no universo digital. A ampliação do acesso a esses documentos tem ampliado o número de análises, identificações e reinterpretações, o que resulta em releituras não só dos documentos em questão, como da própria história e de seus desdobramentos sociológicos, políticos e antropológicos a propósito da época e dos costumes que retratam. Com esse processo de valorização dos documentos como fonte de pesquisa, pode-se dizer que estamos vivendo um momento específico da história no qual presenciamos uma mudança significativa no modo de fazer pesquisa.

Quando olhamos para o passado, quanto mais longínquo ele for menos recursos para sua compreensão temos, o que encontramos são fragmentos de organizações sociais e de modos de vida. Os documentos ajudam a compreender esse passado, mas também trazem dúvidas consigo, no caso das fotografias, muitas vezes, não sabemos quem são os retratados e nem a qual contexto específico àquela imagem se refere, temos apenas pistas a propósito da arquitetura, do modo de vestir, do tipo de comércio ou da paisagem. Assim destaco neste workshop o uso das ferramentas de hiper magnificação (Zoom), que permitem a visualização de informações antes pouco perceptíveis nos documentos.

Considerando a documentação que se encontra digitalizada e acessível em repositórios digitais on-line, grandes iniciativas estão sendo tomadas no intuito de reunir esses resultados de pesquisa em um só click. Nesse sentido, temos o exemplo da Europeana, da Biblioteca Digital Luso-Brasileira e da Brasiliana Fotográfica; esta última que completou 1 ano em 17 de abril de 2016, contabilizando mais de sete milhões de visualizações e cerca de 50 posts. É a partir da experiência da Brasiliana Fotográfica que nos propomos aqui a melhor compreender os desafios e questões que vem sendo colocados como parte desse novo universo digital on-line. Quais as perspectivas de longo e médio prazo, como criar meios para estabelecer uma interlocução efetiva entre quem disponibiliza e quem acessa os acervos. E também, como integrar acervos provenientes de diferentes instituições.

*A participação neste workshop é gratuita para interessados já inscritos no 40º Encontro Anual da ANPOCS. Vagas limitadas a 30 pessoas pré-inscritas pelo e-mail workshop@anpocs.org.br


Reuniões Especiais (RE)

RE1 - 40ª Assembleia Geral Ordinária da Anpocs – 1ª sessão
Dia 25/10, terça-feira, 19h30, sala 4 – Anfiteatro Glória

RE2 - 40ª Assembleia Geral Ordinária da Anpocs – 2ª sessão
Dia 27/10, quinta-feira, 19h30, sala 4 – Anfiteatro Glória

RE3 - Reunião da Diretoria e Conselho Fiscal da Anpocs
(Interna – sala A)

RE4 - Reunião do Comitê Acadêmico da Anpocs
(Interna – sala A)

RE5 - Reunião da Comissão Julgadora do Concurso Anpocs de Teses e Obras Científicas
(Interna – sala A)

RE6 - Reunião Comissão Anpocs Deficiência e Acessibilidade
Dia 25/10, terça-feira, 18h00 às 19h00, sala 1 – Hotel Glória

RE7 - Reunião sobre “Cotas para Deficiência na Pós-Graduação”
Dia 25/10, terça-feira, 10h30 às 11h30, sala 1 – Hotel Glória
(Obs. Importante a presença dos coordenadores de Programas de Pós-Graduação)

RE8 - I Reunião de Pesquisadores Latino-Americanistas e Caribeanistas
Dia 25/10, terça-feira, 18h00 às 20h15, sala 8 – Hotel Glória

RE9 - Reunião da Diretoria da SBS, Sociedade Brasileira de Sociologia
Dia 25/10, terça-feira, 18h00 às 19h00, sala 3 – Hotel Glória

RE10 - Reunião da Assembleia da SBS, Sociedade Brasileira de Sociologia
Dia 27/10, quinta-feira, 12h00 às 13h00, sala 8 – Hotel Glória

RE11 - Reunião dos coordenadores de programas de pós-graduação em Ciência Política e Relações Internacionais
Dia 26/10, quarta-feira, 18h00 às 19h00, sala 8 – Hotel Glória

RE12 - Reunião dos coordenadores de programas de pós-graduação em Antropologia
Dia 26/10, quarta-feira, 18h00 às 19h00, sala 7 – Hotel Glória

RE13 - Reunião dos coordenadores de programas de pós-graduação em Sociologia
Dia 26/10, quarta-feira, 18h00 às 19h00, sala 6 – Hotel Glória

RE14 - Reunião Assembleia da ABCP, Associação Brasileira de Ciência Política
Dia 27/10, quinta-feira, das 12h00 às 13h00, sala 6 – Hotel Glória

RE15 - Reunião da Comissão Editorial da RBCS (inTerna)
Dia 25/10. Terça-feira, das 9h00 às 10h00, sala 2 – Hotel Glória

RE16 - Assembleia Geral da ANEPCP, Assoc. Nac. de Ensino e Pesquisa do Campo de Públicas
Dia 25/10, terça-feira, 18h00 às 20h00, sala 18 – Hotel Caxambu