Programação
Fórum (FR)
FR1 - Classes sociais e instituições
Coordenação: Carlos Savio Gomes Teixeira (UFF), Roberto Dutra Torres Junior (IPEA)
O tema das classes sociais é questão central para as ciências sociais. A construção diferencial dos sujeitos sociais a partir do pertencimento de classe é a determinação mais importante do comportamento individual e social. É a partir deste pertencimento que se pode perceber os critérios de classificação e desclassificação social que irão possibilitar todos os privilégios (justos e injustos) de acesso aos bens e recursos escassos na sociedade. Como são esses critérios – opacos em sociedades como as capitalistas que se dizem igualitárias, mas que são desiguais e injustas em medida variável – que condicionam o acesso a tudo que sonhamos acordado ou dormindo, desde os bens materiais (carro ou casa) como também os imateriais (charme que decide o acesso ao tipo de parceiro erótico, distinção social, auto-estima). O intuito do Fórum é estimular reflexão como a que vínhamos realizando na forma de GT nos últimos quatro anos, levando-o a ser o mais visitado da Anpocs. Desta vez, daremos ênfase aos vínculos entre a estrutura de classes e a dimensão institucional da sociedade: esferas sociais como a economia, a política, o direito, a cultura, a religião, o sistema de ensino, o sistema de comunicação de massas.
1ª sessão: Classe, instituições e cultura
Dia 25/10, terça-feira, das 20h30 às 22h00, sala 19 – Hotel Caxambu
Mídia e classe social no Brasil
Maria Eduarda da Rocha (UFPE)
Religião e classe social no Brasil
Brand Arenari (UENF)
Música e classe social no Brasil
Paulo César de Araújo (UFF)
2ª sessão: Classe, instituições e economia
Dia 26/10, quarta-feira, das 19h30 às 21h00, sala 19 – Hotel Caxambu
Trabalho e classes no Brasil
Fabrício Barbosa Maciel (UFF)
Educação, economia e classe no Brasil
Ricardo Gervasio Bastos Visser (IPEA)
Instituições transformadoras e classes populares no Brasil
Carlos Sávio Gomes Teixeira (UFF) e Roberto Dutra Torres Junior (IPEA)
3ª sessão: Classe, gênero e raça
Dia 27/10, quinta-feira, das 18h00 às 19h30, sala 19 – Hotel Caxambu
Gênero e classe social no Brasil
Luis Felipe Miguel (UNB)
Raça e classe no Brasil
Emerson Ferreira Rocha (IPEA)
Desigualdades, gênero e classe social: contribuições da sociologia cultural norte-americana
Lucas Hertzog (UFRGS)
FR2 - Transformações na produção do conhecimento: novos arranjos institucionais e respostas às crises
Coordenação: Elizabeth Balbachevsky (USP), Antonio José Junqueira Botelho (Iuperj)
Esse Fórum tem por objetivo identificar e analisar as condições para a evolução do novo modo de produção do conhecimento no Brasil e no mundo, explorando o surgimento de novos atores sociais, em particular a reconfiguração dos ambientes de pesquisa e as relações universidade-empresa. O Fórum busca analisar as mudanças experimentadas pelo sistema de ciências em conjunturas de crise, quando as demandas da sociedade são reorientadas, seja por restrições de recursos, seja porque o sistema de produção de conhecimento é chamado a responder rapidamente. Por exemplo, o enfrentamento da crise que ora o País se encontra, diante da epidemia do vírus Zika, para o qual a comunidade científica nacional e internacional é um ator central. Na produção da resposta a esses desafios, novas dinâmicas ganham força; novos atores surgem, como por exemplo, investidores e agencias de fomento a inovação privadas nacionais e internacionais, com expectativas e modus operandi muito distintos daqueles que a comunidade científica está acostumada a operar. A resposta eficaz exige alteração na relação costumeira entre os ambientes de pesquisa básica e outros espaços institucionais, tais como hospitais e agências governamentais de financiamento. Ela impõe também a construção de canais de interação com novos atores (empresas, investidores em capital de risco, organismos internacionais, órgãos públicos, etc.) e exige a flexibilização do leque de comportamentos e normas aceitos pelos próprios cientistas.
1ª sessão: A sociedade do conhecimento: a natureza e desafios de novos modos de produção da ciência
Dia 25/10, terça-feira, das 20h30 às 22h00, sala 21 – Hotel Palace
Coordenadora de sessão: Sonia K. Guimarães (UFRGS)
Debatedora: Maria Teresa Kerbauy (USP)
Expositores:
O novo modo de produção da ciência: balanço de duas décadas de debates
Simon Schwartzman (IETS)
Novos arranjos para a produção da ciência e seus desafios para a institucionalidade acadêmica
Fernanda Sobral (UnB)
Mecanismos de Financiamento à C&T no Brasil e seu impacto sobre a organização da ciência
Alex da Silva Alves (USP)
2ª sessão: Crise e reconfigurações dos modos de produção da ciência
Dia 26/10, quarta-feira, das 19h30 às 21h00, sala 21 – Hotel Palace
Coordenadora de sessão: Maria Conceição da Costa (Unicamp)
Debatedora: Elizabeth Balbachevsky (USP)
Expositores:
A resposta da comunidade científica ao desafio do Zika Virus
Paulo Zanotto (USP)
Mudanças institucionais na produção da ciência em tempos de crise
Maria Conceição da Costa (Unicamp)
A crise do petróleo e mudança institucional na ciência e tecnologia no Brasil
Antonio José Junqueira Botelho (Iuperj)
3ª sessão: Crises, arranjos institucionais e organizacionais nas dinâmicas de produção
Dia 27/10, quinta-feira, das 18h00 às 19h30, sala 21 – Hotel Palace
Coordenador de sessão: Antonio José Junqueira Botelho (Iuperj)
Debatedora: Sonia K. Guimarães (UFRGS)
Expositores:
Elites científicas locais. Agentes privilegiados na resposta a demandas de conhecimento
Thales Haddad Novaes de Andrade (UFSCar)
A reorganização da produção científica ‘periférica’ em face da crise climática global
Fabrício Monteiro Neves (UnB)
O papel da ciência, tecnologia e inovação no desenvolvimento: modelos e incentivos para a colaboração universidade-empresa
Mariza Almeida (Unirio)
FR3 - Secularismo, emergência pública da religião e teoria social}
Coordenação: Joanildo A. Burity (Fundaj), Paula Montero (USP) e Ricardo Mariano (USP)
O Fórum se propõe a debater as implicações teóricas e metodológicas da persistência e visibilidade do fator religião na cena cultural e sociopolítica contemporânea e a analisar controvérsias e conflitos associados ao engajamento de atores religiosos em várias formas de ação coletiva, em especial na política e na organização partidária, nas campanhas eleitorais, na produção legislativa e nos parlamentos, no judiciário, nas mídias, nas relações de gênero, em manifestações no espaço público, na cidadania, nos direitos humanos e na democracia. Pretende discutir a reconfiguração do secularismo brasileiro ou da relação entre religião e esfera pública, tendo em vista a crescente presença e influência de novos atores religiosos, sobretudo de pentecostais, na arena pública, e examinar como incorporam seus repertórios religiosos ao campo semântico secular, acionam convicções na linguagem jurídico-política dos direitos reconhecidos e contribuem para remodelar a matriz que orienta e dá sentido a práticas discursivas que dizem respeito ao cívico no Brasil.
1ª Sessão: Reconfigurações do secularismo brasileiro
Dia 25/10, terça-feira, das 20h30 às 22h00, sala 22 – Hotel Palace
Coordenadores de sessão: Paula Montero (USP, Cebrap) e Carlos Eduardo Valente Dullo (UFRGS)
Expositores:
O que a publicidade faz da religião: neopentecostalismo e visibilidade pública
Paula Montero (USP, Cebrap)
Pensando sobre “ministérios”: mídia, pentecostalismo, política e as formações do secular
Carly Barboza Machado (UFRRJ)
Controvérsias públicas: multiplicando perspectivas sobre religião e política
Carlos Eduardo Valente Dullo (UFRGS)
O corpo secular: igrejas evangélicas e o debate público sobre direitos reprodutivos
Jacqueline Teixeira (USP, Cebrap)
2ª Sessão: Pluralismo, emergência pública da religião e laicidade
Dia 26/10, quarta-feira, das 19h30 às 21h00, sala 22 – Hotel Palace
Coordenadores de sessão: Ricardo Mariano (USP) e Ari Pedro Oro (UFRGS)
Expositores:
Paradoxos e afinidades entre religião e direitos humanos
André Ricardo de Souza (UFSCar)
Intolerância religiosa: produção e reversão de argumentos
Christina Vital da Cunha (UFF)
Grupos cristãos e o ataque à perspectiva de gênero no Brasil
Maria das Dores Campos Machado (UFRRJ)
Evangélicos e direitos humanos no Congresso Nacional
Ricardo Mariano (USP)
3ª Sessão: Religião e teoria social num mundo em crise
Coordenadores de sessão: Joanildo A. Burity (Fundaj) e Paulo Gracino de Souza Junior (Iuperj)
Dia 27/10, quinta-feira, das 18h00 às 19h30, sala 22 – Hotel Palace
Expositores:
Culturas juvenis católicas na Jornada Mundial da Juventude: expressividades e performances no espaço religioso
Flávio Munhoz Sofiati (UFG)
Pluralismo religioso e hegemonia: estratégias de análise das identidades e práticas religiosas a partir da Teoria Política do Discurso
Gustavo Gilson Sousa de Oliveira (UFPE)
Globalização e redes ecumênicas de ativismo social
Joanildo A. Burity (FUNDAJ)
Laços sem nós: mercado e adesão religiosa segundo a teoria de Mark Granovetter
Fabrício Roberto Costa Oliveira (UFV) e Paulo Gracino Junior (Iuperj, UFV)
FR4 - Crime, Polícia e Segurança Pública no Brasil ( ANPOCS e FBSP)
Coordenação: Renato Sérgio de Lima (FBSP e FGV/SP) e Rodrigo Ghiringhelli de Azevedo (FBSP e PUCRS)
1ª sessão: Para Além do Gerencialismo: barreiras para a modernização da segurança pública e o que dizem os dados sobre violência e punição no Brasil
Dia 25/10, terça-feira, das 20h30 às 22h00, sala 20 – Hotel Palace
Coordenador de sessão: Rodrigo Ghiringhelli de Azevedo (PUCRS, FBSP e INCT-Ineac)
Expositores:
Governança das Políticas Públicas de Segurança no Brasil: plausibilidade, aceitabilidade e efeitos não-antecipados
José Luiz de Amorim Ratton Junior (UFPE)
Financiando a eficiência democrática na segurança pública brasileira
Úrsula Dias Peres (USP)
Oposição ou Comunhão? Os paradoxos da relação simbiótica entre a administração prisional e o PCC
Camila Nunes Dias (UFABC)
2ª sessão: A garantia da “ordem pública”: administração de conflitos, seletividade e organização das instituições policiais no Brasil
Dia 26/10, quarta-feira, das 19h30 às 21h00, sala 20 – Hotel Palace
Coordenador de sessão: José Luiz Ratton (UFPE e FBSP)
Expositores:
Polícia, militarismo e democracia
Michel Misse (UFRJ)
A questão racial no controle do crime: dados, teoria e política
Jacqueline Sinhoretto (UFSCar)
Democracia em Suspenso – Demanda Punitiva e Administração da Justiça Penal no Brasil
Rodrigo Ghiringhelli de Azevedo (PUCRS)
Coordenação: Renato Sérgio de Lima (FBSP e FGV/SP)
1ª sessão: Para Além do Gerencialismo: barreiras para a modernização da segurança pública e implementação de políticas eficazes de redução da violência letal
Dia 25/10, terça-feira, das 20h30 às 22h00, sala 20 – Hotel Palace
Coordenador de sessão: Renato Sérgio de Lima (FBSP e FGV/SP)
Expositores:
Violência e Insegurança: notas sobre um dilema político
Arthur Trindade Maranhão Costa (UnB)
Governança das Políticas Públicas de Segurança no Brasil: plausibilidade, aceitabilidade e efeitos não-antecipados
José Luiz de Amorim Ratton Junior (UFPE)
Financiando a eficiência democrática na segurança pública brasileira
Úrsula Dias Peres (USP)
2ª sessão: A garantia da “ordem pública”: administração de conflitos, seletividade e organização das instituições policiais no Brasil
Dia 26/10, quarta-feira, das 19h30 às 21h00, sala 20 – Hotel Palace
Coordenador de sessão: Rodrigo Ghiringhelli de Azevedo (PUCRS)
Expositores:
Polícia, militarismo e democracia
Michel Misse (UFRJ)
Estudos comparados em administração institucional de conflitos
Roberto Kant de Lima (UFF)
Violência, democracia e segurança cidadã
Sérgio Adorno (NEV/USP)
3ª sessão: Verdades Translúcidas: o que dizem os dados sobre violência e punição no Brasil
Dia 27/10, quinta-feira, das 18h00 às 19h30, sala 20 – Hotel Palace
Expositores:
Relações entre superencarceramento e incidência criminal: a persistência de velhas fórmulas
Renato Campos de Vitto (Defensoria Pública de São Paulo)
Oposição ou Comunhão? Os paradoxos da relação simbiótica entre a administração prisional e o PCC
Camila Nunes Dias (UFABC)
A questão racial no controle do crime: dados, teoria e política
Jacqueline Sinhoretto (UFSCar)